Diana
Respirei fundo e desci para oferecer uma desculpa aos meus filhos.
— Mamãe, você não gostou das flores que ajudamos o papai a escolher? — Arthurzinho perguntou com os olhinhos lagrimejantes. Helena chorava, sentadinha no sofá ao lado dos irmãos.
— Nunca mais vou te dar nada. — Heloísa disse com rancor. Não posso me zangar, ela tem tanto de mim.
— Meus amores. — Disse me agachando perto deles. — Me perdoa, a mãe saiu correndo para desligar o ferro de passar, acabei esquecendo ligado. — Menti e Heloísa me encarou.
— A gente ouviu você brigando com o nosso papai, eu não gostei que brigou com o meu reizinho. — O reizinho, corou a rainha com uma coroa de chifres.
— Os adultos às vezes discutem filha. Me perdoa, por favor! — Meus filhos me abraçaram e me encheram de carinho. É por causa deles, que não faço uma burrada grande.
Durante o almoço, meus filhos comiam felizes da vida, tão alheios à minha guerra interior.
— Dona Diana, seu irmão chegou aí. — Carmem me avisou e eu revirei os olhos.
Porra, não quero ver ninguém!
— E aí família. — Quando meus filhos viram Oliver e Monica, largaram a comida e pularam nele, Monica tomou Aurora dos meus braços e a apertou. — Oi Di. — Oliver me abraçou.
— Oi. — Disse forçando um sorriso.
— Tudo bem? — Ele me encarou e começou a me puxar pra fora da cozinha. — Que foi Di?
— Para de me chamar de Di, caralho. E vai se foder Oliver, não tá acontecendo nada. — O encarei sentindo meus lábios tremerem, e uma vontade desgraçada de chorar tomou conta de mim.
— Cadê o Arthur?
— No inferno decerto. — Me joguei no sofá.
— Iiiiiiiii, o que aconteceu Diana? Você está mais brava que o normal.
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UNIÃO PERIGOSA
RomanceArthur Ceccato, 34 anos, Gaúcho, com endereço em São Paulo, solteiro, PhD em direito, atua como delegado Civil na Grande São Paulo. Conhecido por sua supremacia em investigações em todo Brasil, vem sido observado a tempos pelo chefe da secretaria de...