Capítulo 54

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Diana

Estávamos sentados encostados na cabeceira da cama, Arthur estava com o notebook no colo, estava fazendo um certo suspense para clicar no link e ver se passei ou não.

—Vai abrir ou não vai abrir essa porra? –Disse nervosa.

—Relaxa coração, já vou. –Ele disse clicando e logo que viu o resultado explodiu em uma gargalhada, fechei a cara e senti vontade de chorar, frustrada, decepcionada .... Ele largou o notebook, levantou e se curvou de rir. Peguei meu celular, digitei um número aleatório e coloquei no ouvido, ele me olhou engolindo um pouco de suas gargalhadas e falando com dificuldade. —Tá ligando pra quem?

—Pra graça, pra ver onde ela tá. –Revirei os olhos e joguei o celular no meio dos lençóis, preciso dizer que a hiena sorridente, riu mais ainda?

—Pois eu serei a número um. –Ele afinou a voz, imitando minhas palavras antes de fazer a prova. Me levantei e o encarei, não podia deixar ele rir de mim assim.

—Pelo menos não fui a quinta. –Disse petulante, ele riu ainda mais e se jogou na cama.

—Eu fui quinto no teórico, em Aptidão física eu fui o número um, terceira, vida? Terceira? –Ele disse colocando as mãos no rosto, limpando as lagrimas dos olhos. Eu precisava tirar esse sorrisinho da cara dele, acha que está por cima, só porque eu passei em terceiro. Isso aí, foi em terceiro, mas eu passei.

—Foda-se se foi em terceiro, pelo menos fiquei entre as três melhores e tenho minha vaga garantida na polícia civil. –Nesse momento seu sorriso sumiu, como se a ficha tivesse caído, ele me encarou.

—Não mas.....

—Não tem mas, Ceccato, aceita que dói menos. –Dei de ombros e ele me fuzilou com o olhar. —E pra você saber, eu só não passei em primeiro porque as duas primeiras, tinham pernas igual de avestruz, finas e compridas, o que facilitava a locomoção delas. –Argumentei fazendo Arthur gargalhar.

—Tu não vai assumir mesmo, que não foi tão boa assim, né?

—Eu fui perfeita, nos testes de abdominais e flexões então, arrasei.

—Pois eu tenho um desafio a fazer. –Arqueei uma sobrancelha e cruzei os braços. —Te desafio a disputar uma prova física comigo, se tu conseguir me vencer em mais categorias, entra pra polícia, se eu vencer mais categorias, tu fica em casa cuidando das crianças, fazendo suas plantas grandiosas e me esperando como sempre fez. –Gargalhei, é obvio que eu não ia aceitar aquela porra, é obvio que ele é mais forte do que eu, claro que eu nunca iria reconhecer isso na frente dele, porém é a verdade, ele me venceria de qualquer jeito.

—Não tem negociação Delegado, amanhã mesmo vou lá no departamento de polícia, deixar meus documentos para contratação. –Disse decidida, o capeta me lançou um sorrisinho enviesado.

—Que foi? Tá com medinho? –Ele disse se aproximando de mim.

Dei um passo atrás e ele avançou mais alguns passos até me encurralar na parede. Minha respiração ficou anormal. Droga, nunca vou me acostumar com o efeito que o delegado tem sobre mim. Sua aproximação me faz ficar mole, faz minhas palpitações saírem do normal, fazem um arrepio percorrer todo o meu corpo e seus lábios são como uma lavagem cerebral, esqueço do mundo quando ele me beija, —Como está me beijando agora, —Suas mãos em meu rosto segurando com firmeza, enquanto chupa minha língua e engole meus lábios. Um tesão louco percorre meu corpo inteiro, e com pressa, levo minhas mãos a sua camisa, então só para me irritar, ele se afasta.

—É isso? Está com medo de não me vencer? –O encarei um tanto atordoada e com as pernas bambas. Mas recuperando o controle em seguida.

—Ah coitado, eu só não acho que seja necessário, já passei nas provas, é só começar a trabalhar, pra que inventar mais desafios?

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