Capítulo 30

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Diana

Cheguei em casa e foi aquela loucura os empregados querendo conhecer o bebê, Arthur conheceu o quartinho e até aí eu me sentia completa, mas quando ele se despediu do Arthurzinho, olhou bem dentro dos meus olhos e se foi, parece que um pedaço de mim foi com ele. Tirei o dia para descansar, esses dias no hospital foram uma loucura, a noite chegou, Octavio me beijou, virou para o canto e dormiu, eu coloquei o bebê no berço e me deitei e uma lagrima escapou, a verdade é que eu já estava sentindo falta da atenção do Arthur, tá que não dá pra chamar de atenção, porque Arthur é todo desajeitado, ele dormiu a noite inteira, ele me estressava, me roubava o lanche da manhã, escovava os dentes com a minha escova e se tudo isso fora pouco, ele dá o meu filho no colo daquela piranha, mas era divertido, ele me fazia rir até chorar, e eu não conhecia esse lado dele. Ele teve razão quando disse que não nos conhecemos direito, e que nossos encontros eram só sexuais, sem conversas, foi a realidade, e só nesses dias na maternidade, foi que eu conheci esse lado idiota dele, que diz que dividir o pão é um ditado popular. Sorri com a lembrança, verifiquei e Octavio estava dormindo, fui até a gaveta e peguei a regata dele e inspirei seu cheiro, ainda estava nela, eu queria tanto correr para os braços dele e dizer o quanto o amo, mas não são bem assim as coisas, eu sou humana posso errar novamente, e se a cada erro meu ele reagir da forma que reagiu? Se ele me virar as costas novamente? Não estou preparada para ouvir palavras duras da boca dele novamente, então é melhor esquece-lo.

No dia seguinte, Octavio acordou antes do que eu e me trouxe o café, já estava vestido para trabalhar.

—Bom dia dorminhoca.

—Bom dia, nossa eu vou ficar muito mal-acostumada desse jeito. –Ele sorriu e beijou meu rosto.

—Você merece, eu preciso ir agora, ah Diana, meu filho quer te conhecer e conhecer o priminho, ou seria irmãozinho? –Nós sorrimos.

—Ah pode trazer ele, também quero conhece-lo, e se a Marjorie querer vir também, por mim está tranquilo.

—Tem certeza? –Vi os olhos de Octavio brilharem, sim ele amava ela. Assenti, ele me beijou e saiu.

Oliver passou a manhã inteira comigo, me informando sobre as coisas da empresa.

—Os caras já foram quase todos julgados, Tolledo está na mesma cela que nosso pai, fui visitar o Charles e ele estava lá.

—Não acredito que você vai fazer visitas para aquele homem que te renegou.

—Diana, ele meio que nos livrou de ir pra prisão, e é nosso pai.

—Ai Oliver vamos mudar de assunto porque isso me irrita.

—Ok, chefa.

Na hora do almoço Octavio chegou acompanhado de um belo moço, com um par de olhos azuis lindo.

—Olá? –Cumprimentei, e Octavio, fechou a cara.

—Diana está levantada?

—Claro né bem, eu não ia ficar na cama o dia inteiro, Oliver estava aqui me atualizando com a empresa, acabou de sair.

—Amor, você está de resguardo, mas deixa eu te apresentar o meu campeão, Lucas Octavio. –Bah ele leva o nome do pai dele? ...............Disfarça, e olha eu falando igual o Arthur.

—Você é lindo, muito prazer. –Abracei o menino, que abriu um sorriso coisa mais linda pra mim. —Vem vamos subir para conhecer o seu irmãozinho.

—Irmão não né, ele não é filho do meu pai. –Olhei para o guri, e estreitei os olhos pra ele.

—Filho os modos.

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