Capítulo 56

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Arthur

Já estava enlouquecendo, depois da discussão que tive com Diana não a vi mais. Estive a tarde toda na correria, instaurando inquéritos, abrindo novas investigações, a cabeça a mil. Quando saí as 18:30 da delegacia, liguei no departamento de polícia pra saber se Diana estava lá, não a vi na delegacia. Wagner disse que ela esteve lá só as 14:00, para acompanhar Diego nas transferências dos presos da galeria A da delegacia, para o presidio. Quando ele disse Diego, meu sangue subiu. Não quero saber da minha mulher andando com o Diego, porque não faz amizade com as gurias? Enfim, depois da ligação fui para casa, na esperança de a encontrar lá, assim que entrei em casa, Helena e Heloisa correram me abraçar, Arthur veio logo atrás. Era a melhor parte do meu dia, chegar em casa depois de um dia cansativo e receber o carinho e o abraço das minhas maiores riquezas, só que eu aguardava meu beijo de boas-vindas, e ele não chegou. Passei os olhos pela casa.

—Arthurzinho, cadê a mamãe?

—Ela é uma policial agola pai, e ela foi tabaiar, ainda não chegou. –Meu coração acelerou, droga onde ela se meteu?

E se algum filho da puta, pegou ela? Algum desgraçado da parte de mosquito? Eu sabia que ela foi irresponsável, mas que caralho. — Senti meus olhos queimarem —, Droga onde ela se meteu?

Fui pessoalmente ao departamento, estava vazio, já era quase 19 horas. Luana estava por lá, quando me viu correu.

—Doutor Ceccato, espero ter avisado a tempo que a sua mulher estava indo na operação. –A encarei, respirei fundo, com vontade de mandar ela a puta que pariu.

—O Wagner, tá aí?

—Sim, na sala dele. Espero que o senhor não tenha ficado chateado por eu ter ligado. –Ignorei ela e segui pra sala do Wagner, porra estou preocupado com a minha mulher.

—WAGNER, CADÊ A DIANA? –Ele se assustou.

—Como disse, ela esteve aqui só as quatorze horas, depois foi fazer a transferência conforme o senhor pediu, vou ligar para o Diego, pra ver se ele sabe onde ela está. –Senti meu sangue subir, se o desgraçado saber onde a minha mulher está e eu não, eu vou brigar muito com ela. —Oi Diego. –Ele disse e eu tomei o celular da mão dele.

—Diego, Ceccato quem está falando, tu estava com a minha mulher fazendo transferências, onde ela está? Não encontro ela em lugar nenhum.

—A última vez que a vi, foi hoje as dezoito horas, deixei ela na frente da delegacia, ela ia fazer uma vistoria nas celas vazias. O senhor quer que eu vou pra aí, ajudar a procurar ela? Estou na casa da minha noiva é perto da delegacia, se quiser. –Hum, o cara é noivo. E daí que é noivo? Olhou pra bunda da minha mulher que eu vi, desgraçado.

—Não será necessário, eu encontro ela. –Desliguei e saí do departamento com pressa, cheguei na delegacia, não tinha quase ninguém, só os policiais que faziam a vigilância do lugar.

Fui em direção a galeria A, estava vazia conforme eu havia pedido. Fui olhando cela por cela, nem sinal da minha mulher, meus olhos estavam ardendo, uma dor horrível apertava meu peito, eu juro que eu morro se algo acontecer com ela. E então quando estava quase desistindo, lá na última cela, escondida no canto, estava a mulher da minha vida, abraçada aos joelhos, chorando? Diana chorando?

—Amor. –Gritei e entrei na cela, ela se levantou rapidinho secando os olhos e dando as costas pra mim. —Amor, porque está chorando? Amor olha pra mim.

—Não to chorando. –Disse fungando, então a abracei por trás e então senti seu corpo sacudindo por uma crise de choro, a virei de frente pra mim, segurei sua cabeça e a aninhei ao meu peito.

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