Capítulo 62

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Arthur

A cerimônia foi tri legal, o pastor era um gaúcho véio e falou coisas bacanas com uma dose de humor acerca do casamento.

Mas o que ele falou sobre ciúmes ficou grudado na minha mente.

—Ciúmes é um tempero no casamento, desde que ele seja moderado, que seja um cuidado. Agora, quando o ciúme passa a ser descontrolado e começa a te preocupar, faça três perguntas a ti mesmo. Este sentimento interfere com a minha vida normal? O meu ciúme pode machucar alguém que eu amo? Será que o meu ciúme me controla mais do que eu posso controlá-lo?

Fiquei ali remoendo aquelas perguntas e as respondendo mentalmente. — " Não ele não interfere na minha vida normal, tá eu fico reinando quando estou com ciúmes, mas não que seja algo que interfira em nada. Não jamais ele poderia machucar alguém que amo, não mesmo. Bom, eu consigo controlá-lo, afinal estou vendo Pablo a todo instante medindo a minha mulher e estou controlado. Viu? Não sou alguém que necessite de auxilio psicoterápico, eu sou muito controlado. "

Ao termino da cerimonia, nos dirigimos para o outro lado do jardim, onde mesas tinham sido distribuídas e uma pista de dança esperava por nós ao lado. Eu preciso tirar essa carranca e me divertir. Mas tá foda pra caralho.

Depois de comermos e de tirarmos algumas fotos, levamos as crianças para dentro e deixamos com a moça que havíamos contratado para cuidar deles naquela noite. Antes de sairmos de dentro de casa, segurei Diana.

—Não estou aguentando os olhares daquele filho da puta pra ti e tu sorrindo pra ele, poxa Diana. Tu queria que eu ficasse de sorrisinhos com as convidadas? E porque tu chamou o Diego? Bah quem mandou tu chamar ele, tchê.

—Amor teu pai disse que podíamos chamar algumas pessoas que queríamos, tu chamou o Jairo e a esposa, eu chamei meu colega de trabalho Diego e a noiva.

—Quantas vezes eu terei que te dizer que eu não gosto desse cara? –Disse passando as mãos pelo cabelo, sentindo todo o meu corpo carregado de ciúmes.

— Arthur ele é gente boa e ele é noivo, não sei porque a desconfiança. Agora vamos amor, tira essa carranca e vamos dançar. –Ela me puxou e o que eu fiz foi fechar mais a cara. Até tentei forçar um sorrisinho, mas eu não consigo.

Fomos pra pista e tocava Fuego do DJ Alok e Diana começou a dançar lindamente. Vendo sua felicidade ao dançar, suavizei minha expressão e me entreguei junto com ela. Nos divertimos pra caralho.

Passava das duas e meu pai e dona Salete se retiraram da festa para irem para sua viajem de lua de mel. Eu, Oliver e Octavio estávamos nos acabando na dança e na bebedeira. Diana já estava descalço, com um coque bagunçado no meio da cabeça e continuava linda. Mas isso não foi só eu que percebi não.

—A festa está maravilhosa Diana. –Pablo disse bem perto da minha mulher, Oliver falava alguma coisa, mas nem prestei atenção.

—Sim, espero que vocês estejam se divertindo. –Ela disse toda prestativa e meu sangue subiu, me aproximei e Pablo saiu de perto, to dizendo vou quebrar a cara desse usado das trevas.

—PORRA DIANA. –Gritei e ela arregalou os olhos e espalmou a mão no meu peito.

—Amor, calma.

—Calma é o caralho, filha da puta. –Disse apertando a cintura dela e sentindo meus olhos arderem. —Diana não fica dando moral pra esse desgraçado, to avisando vou quebrar a cara dele.

—Vida, não vai quebrar a cara de ninguém pra dar vexame e tu não acha que já bebeu demais?

—Ah vá se foder, eu bebo o tanto que eu quiser. –Saí de perto dela e fui me sentar. Peguei outra taça e estava me sentindo um desgraçado de um ciumento. E o Pablo não colaborava, Diana estava lá dançando e ele parece estar hipnotizado olhando pra ela. PORRAAAAAAAA CUSTA RESPEITAR A GURIA QUE É CASADA, COMIGO?

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