Capítulo 29

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DIANA

Na manhã seguinte abri os olhos, olhei para o lado e Arthur estava com os pés em cima da cama, enterrado na cadeira, com o livrinho em cima do peito, dormindo como um anjo, que anjo, como o capeta, filho da puta, porque tem que ser tão gostoso e tão petulante? Como assim ele chega aqui e diz que é acompanhante e eu não faço nada contra?

Olhei para o bercinho e Arthurzinho dormia como um anjo, levantei e o urso continuava dormindo na cadeira, com dificuldade fui até o banheiro, sim com dificuldade, você quer o que? Tá que eu sou foda pra caralho, mas querendo ou não passou uma cabeça de uma criança pela minha boceta, obvio que estou com algumas dores, mas isso não significa que eu preciso acordar o urso mais gostoso do universo, quer dizer, o pai filho da puta do meu filho e meu acompanhante, pra ir até o banheiro.

Voltei ao quarto com o rosto lavado, com os dentes escovados, e o acompanhante da recém parida, continuava dormindo, ai será que morreu? Peguei meu filho, e fui para perto do hibernado, e comecei a conversar com meu filho bem alto.

—Olha filho o acompanhante que a gente arrumou. –Ele abriu os olhos com aquela ruguinha na testa, horroroso e me olhou, fechou ainda mais a cara.

—Porque tá de pé caralho. –Ele levantou e pegou o pequeno do meu colo, me encarando de cara feia.

—To de pé porque meu acompanhante estava hibernado.

—Mas que porra, porque não me acordou caralho.

—Para de falar palavrão na frente do nosso filho. –Ele me olhou, e estreitou os olhos.

—Ele não entende, porra.

—Filho, não escuta seu pai tá bom? –Eu disse me aproximando deles e acariciando a cabecinha do bebê, ele me olhou e seus lábios se curvaram em um sorrisinho.

—Não ensina nosso filho, a não me escutar. –Ele me encarou.

—Ele nem entende. –Ele gargalhou.

—Viu, ele não entende. –Estreitei os olhos na direção dele, olhei para o neném e quando levantei os olhos, ele estava me encarando com aquele sorriso diabólico, seus olhos fixos na minha boca, um arrepiou passou pelo meu corpo inteiro. —Diabinha, você não sabe a vontade que eu to de dar uma mordida nessa sua boquinha. –Eu sorri e fiz uma cara sexy, mordi os lábios e com uma voz melosa disse.

—É, você quer morder minha boca? –Disse me aproximando da boca dele, a sua expressão de tesão me deixou muito molhada, então eu sorri e disse. —Deita ali, dorme de novo e quem sabe você não sonha que está mordendo? E você não escovou os dentes ainda. –Sorri me afastando, ele me encarou puto.

—Então sai de perto de mim, caralho, tu é uma filha da puta Diana, uma filha da puta. –Continuei sorrindo e peguei o bebê do colo dele, ele foi para o banheiro. Eu estava afinada de rir, e a moça da copa veio trazer meu lanche da manhã, ela era bonita.

—Bom dia mãezinha, aqui seu cafezinho.

—E o pai não ganha bom dia? –Ele apareceu com a minha escova de dente na mão, com aquele sorriso que eu odeio, a menina ficou igual uma idiota sorrindo.

—Bom dia doutor Ceccato, parabéns seu filho é lindo.

—Puxou o pai. –Ele disse sorridente e ela abriu um sorriso mais abobalhado ainda.

—É ele é a sua cara.

—Não é não, por enquanto ele tem cara de joelho, agora sai preciso comer em paz. –Ela me olhou e saiu rapidinho. —Seu filho da puta do caralho, eu vou te matar, deixa eu sair daqui da maternidade, pra você ver eu vou te matar. –Disse puta e ele gargalhou.

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