Capítulo Quarenta e Sete - Conclusões e precipitações

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Aviso: Gente, eu revisei este capítulo agora há pouco e até me assustei com a quantidade de erros. Eu o escrevi há algumas semanas pelo celular, e é bem mais difícil escrever nele (meus dedos rechonchudos e tortos não cabem no teclado kkkkkkkkkkkkkkk), então já peço desculpas pelos errinhos que com certeza irão aparecer (mais do que o normal) :p caso encontrem os erros e queiram me falar, fiquem totalmente à vontade (tanto neste capítulo quanto nos outros) kkkkkkkkkkkk

Boa leitura!


Capítulo Quarenta e Sete - Conclusões e precipitações

Adam Beaumont

Indo contra a premissa de que o tempo passa lentamente quando precisamos que passe rapidamente, novembro e metade de dezembro passaram em um piscar de olhos. Talvez muito tenha a ver com Alice mergulhada em trabalhos e eu atolado de estudos, trabalhos e demais problemas.

Ou, talvez, com os problemas relacionados ao lugar onde eu moro e também com a organização para a viagem para casa...

Há pouco mais de um mês, na manhã de uma terça-feira, eu e os outros moradores do prédio recebemos uma breve carta dos proprietários que dizia que o prédio seria fechado em quatro dias para reforma geral. Assim, do nada, sem mais avisos e justificativas, sem sabermos o que seria de nós - que ficaríamos sem ter para onde ir. Depois de convocada uma reunião às pressas na terça-feira à noite com o casal de proprietários, Franz e Helene Ruschel, ficamos sabendo que houve uma negociação deles com uma empresa grande que descobriu o prédio de alguma forma e resolveu pegar no pé deles, incluindo ameaças de denúncias ao governo alemão caso os Ruschel não concordassem com as vontades da tal empresa. Palavras dos próprios Franz e Helene, não minhas.

Durante as horas que se seguiram ao recebimento da carta, eu fiquei com a leve sensação de que Alice estava envolvida com tudo, e conforme a explicação dos proprietários evoluía, a sensação foi-se fixando em mim até que virou certeza.

O nervosismo se enraizou em mim, desde que eu li a carta, e se afundava com força conforme eu pensava no que seria dos moradores do prédio, afinal, ninguém ali tinha grandes condições de vida. Eu poderia ainda recorrer à minha namorada (que na hora não me era tão suspeita), aos meus amigos e colegas, mas muitos não teriam a mesma vantagem que eu.

Assim que a HKC foi oficialmente mencionada como a principal responsável, o desapontamento foi grande demais. Fiquei irritado e chateado com tamanha intensidade que sequer consegui permanecer por mais tempo ouvindo a tudo o que era dito na reunião. Também não consegui empacotar as minhas coisas que deveriam ser retiradas do prédio o quanto antes. Eu apenas me troquei, me limpei e tentei dormir, sem ter muito sucesso.

No dia seguinte à carta, eu recorri imediatamente à Alice, que, diferente do que eu esperava, estava exaltada durante uma reunião (que depois eu descobri ser muito importante) com três homens estranhos. O que eu posso dizer sobre este - terrível - momento é que eu invadi a sua sala. Não por vontade própria, mas a sua secretária disse que Alice estava ocupada e não podia receber ninguém naquele momento e eu só precisava falar com ela sobre o que ela fez sem nem mesmo me consultar! Fui imprudente e totalmente influenciado pelo meu nervosismo, como já é comum vindo de mim.

Eu encontrei Alice em pé, com as mãos segurando com extrema força a barra da mesa, os olhos irados e a face avermelhada enquanto quase gritava com os homens que a estavam tirando do sério.

Efeito AliceOnde histórias criam vida. Descubra agora