Uma sensação de amor, carinho afeto e ternura invadiu meu ser, eu não conseguia falar mais nada a não ser chorar.
Seus lindos cabelos grisalhos não haviam mudado nada. Sua pele bronzeada e seu sorriso magestoso ainda estavam estampados nele. Um olhar penetrante que poderia intimidar qualquer um.Após o abraço ele me observou por vários segundos. Eu enxugava as lágrimas continuas.
Me esqueci de Ares e de Dominik, só meu pai estava ao alcance de meus pensamentos.
Eu tinha tantas perguntas, tantas mágoas para serem curadas. Tanto receio de não ser o que ele esperava que eu fosse.
Ele respirou fundo e falou:
- Sente-se querida.
Apontando o dedo para a cadeira enferrujada da sala de visitas.Eu assenti com a cabeça e me sentei. Os guardas se afastaram de nós rapidamente. Ficaram de prontidão na porta por onde meu pai havia entrado.
Olhei para trás a procura de Ares, mas não à vi e nem Dominik.
Eles haviam saido da sala silenciosamente.Virei-me novamente para meu pai, aquele par de olhos me olhavam iluminados
Cruzei as pernas aflita e o confrontei.
- Você está velho.
Falei bocejando.- Você cresceu, e eu estou velho realmente.
Ele disse mexendo-se na cadeira desconfortável.Eu sorri baixinho.
- Eu sou uma mocinha agora.Ele não sorriu, o seu semblante ficou sério e gélido.
- Você já está?
- Está?- É como eu posso dizer...
- O que?
Falei curiosa.- Bem... Gostando de alguém?
Eu ri de suspresa.
Ele parecia estar bem confuso.- Eu fui raptada, quase morri correndo no mato, estou em um presídio no MÉXICO e você me pergunta se estou gostando de alguém.?!
Ele não entendeu.
Eu me indignei.- Pai eu poderia ter quebrado a perna.
Ele sorriu com um olhar de alívio.
Mas logo em seguida se recompos, dando lugar a um semblante sério e preocupado.
- Alguém te fez mal querida?- Tentaram.
- Quem? Não me falaram nada.
- Ham...Bem... É que..
- Rápido diga! Quem tentou machuca-lá?
- Ah é que um tal de Nero queria me raptar e Ares não deixou.
- Nero?
- Acho que sim.
Falei coçando a cabeça e me lembrando da cena do elevador.Ele olhou para os guardas sério, parecia estar com o pensamento em outro lugar.
- Eu tenho tantas perguntas, eu...
Ele me interrompeu der repente.- Espere um pouco querida.
Ele disse levantando-se, e indo em direção aos guardas da porta que eu entrei. Eu o encarei com raiva, eu queria conversar com ele o mais breve possível, mas ele não estava colaborando.Ele falou algo com o guarda, mas eu estava longe demais para poder escutar.
Logo após o guarda trouxe Ares para dentro da sala, meu pai começou a conversar com ela, ele parecia furioso com a coitada.
Ela apenas o encarava balançando a cabeça, eu só pude ouvir "Como eles descobriram?!"
" Você tem certeza que não foi seguida?!"
e essas frases vinham do meu pai misterioso.
Ares apenas movimentava a cabeça. Eu estava curiosa e muito intrigada, as vezes eu podia perceber que ela me olhava disfarçadamente.
Após alguns minutos de espera, ele terminou sua conversa e veio em minha direção, com as mãos no bolso de seu uniforme verde reluzente. Aqueles uniformes toscos de presidiário.
Sentou novamente em minha frente e sorriu.
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Aos 18
ActionPlágio é crime!! Crie! Após perder a mãe, Jully Evangeline consequentemente tem que ir viver com seus tios, Cresce sem saber o paradeiro de seu pai, odiando o mesmo por ter abandonado a família. Quando tudo parece bem, faltando uma semana para o seu...