Estava difícil entender quem era o inimigo e quem era o amigo ou aliado, tanto faz.
Ver aquele homem me deu calafrios, não só pelo jeito que ele me olhou mas também pela razão de antes ele estar do lado de Ares e agora trabalhando para Aurora.
Isso me fazia perceber que eu realmente não podia confiar em ninguém.Ele ficou me encarando por um certo tempo, até Nero perceber que eu havia parado de segui-lo para analisar o semblante do homem. Eu estava com raiva por ele ser tão falso e de estar trabalhando para aquela mulher.
Nero segurou em meu braço e me puxou violentamente para ir em direção à maldita cela onde eles me trancafiaram.Eu estava confusa e ao mesmo tempo aliviada por Aurora não ter me matado. Era aliviam-te sentir que meus olhos estavam enxergando e que meu coração estava pulsando normalmente.
Nero abriu a cela e me empurrou com uma grosseria irritante, o encarei com olhar de desaprovação e ele deu de ombros fechando a porta e me deixando sozinha com meus pensamentos.
Me sentei na cama e peguei meu livro, talvez se eu lesse minha mente ficaria mais leve de todos aqueles problemas e caos.Suspirei abrindo o livro e olhando pela a pequena janela, a luz que vinha de fora estava fraca, sumindo aos poucos.
Isso significava que o dia estava acabando para dar lugar a noite. Uma noite que eu sabia que demoraria acabar, que iria me torturar até eu me derramar em lágrimas.
Me lembraria das minhas festas de aniversário, minha felicidade ao ver o bolo, minha oração obrigatória em todas as datas. Aquela noite me faria mal, me faria sentir angústia.
Era a primeira noite sem meus tios, meu bolo, minha velinha e meu pedido mais sem noção que era viajar pra Disney e beijar o Mickey. Eu queria não estar presa, não estar machucada por dentro e por fora, não estar tão desanimada e descontente com o meu aniversário.
Sinceramente eu só queria a festa de amigo oculto do pessoal da biblioteca, com drinks horríveis ou até mesmo a cara de infelicidade das pessoas ao receberem os presentes que eles não queriam.
Essa era a primeira noite que eu mesma me torturaria assim como Aurora Fênix fez.Resolvi voltar a ler, eu havia parado em um capítulo onde a protagonista beijava pela primeira vez seu amor proibido e isso me fez lembrar de Dominik e o fracasso que tive ao tentar beija-lo.
Dei um sorriso sem graça e esfreguei os olhos, eu estava bastante cansada e queria dormir.
Mas o problema era que eu estava com fome, na verdade muita fome.Eu não sabia se eles teriam a boa vontade de me mandar comida de novo, e se mandassem se seria saborosa como a primeira.
Resolvendo esperar um pouco decidi me deitar na cama, colocando o livro no chão.
Minha mente estava queimando e isso me deixava um pouco desorientada.O sono veio chegando e me deixando mais leve e longe de meus pensamentos, não me dei conta mas havia adormecido.
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*ARES*
Dominik não pronunciava uma palavra sequer, deixando o nosso trajeto silencioso e perturbante, estava cansada e com dores na cabeça.
A decepção veio depois que procuramos Jully por toda a floresta, Dominik gritava seu nome desesperadamente.
Eu estava impressionada com tanta preocupação da parte dele, sei que era normal se preocupar, eu também estava. Mas eu via que em seu olhar tinha algo a mais, que aquela preocupação doía em seu coração como se fossem estacas o atravessando.Estávamos nós andando por uma estrada deserta, que não passava um carro se quer.
Maldito Nero! Não precisava atirar nos pneus do carro.O único automóvel que estava funcionando era a moto de Sara, que aliás também havia sumido. Isso era estranho e intrigante, procuramos por ela mas não a encontramos.

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Aos 18
AksiPlágio é crime!! Crie! Após perder a mãe, Jully Evangeline consequentemente tem que ir viver com seus tios, Cresce sem saber o paradeiro de seu pai, odiando o mesmo por ter abandonado a família. Quando tudo parece bem, faltando uma semana para o seu...