Armadilha

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A responsabilidade de comandar um negócio é alta, difícil e confusa. Pensamos em consertar tudo no mundo e esquecemos de nos consertar, as evidências, as controvérsias e os conflitos abrangem mais da metade das pessoas existentes no planeta. E daí que se vem o mais confuso dos questionamentos:
" Será que o problema não está em você?" Será que o mundo sempre foi assim tão caótico? Eu realmente acredito que não. "

Minha avó era sincera e seu abraço muito quente e reconfortante, seus olhos me transmitiam a mais pura e grande confiança.
Ela me contar toda a verdade me transformou, senti que tudo me deu mais força, mais confiança e me fez sentir que eu poderia fazer tudo, ser tudo e dominar tudo.

- Vovó, eu preciso muito conversar com meus seguranças a sós, a senhora poderia chamá -los?

- Claro que sim querida, espere aqui eu já volto.

- Obrigada!

Ela se levantou e entrou na casa rapidamente, eu por minha vez me reconfortei no banco, fechei os olhos e respirei fundo, a brisa me rodeava, o frio deixava meus lábios dormentes e a vontade enorme de dormir estava ao meu lado.

No momento em que eu quase adormeci sentada no banco senti um arrepio na espinha, um sentimento ruim, uma vontade enorme de correr e mais que depressa soou um barulho vindo da floresta, alguém estava se aproximando da casa. Me senti aliviada pois os seguranças estavam ao meu redor.

Quanto mais os segundos se passavam o barulho aumentava, os dois primeiros guardas já estavam alerta. Eu estava sentada no banco esperando ver quem viria pela escuridão da floresta. Quando pude ver o semblante de quem saira da mata me assustei, era alguém familiar, alguém conhecido e também inesperado. Sarah estava em minha frente completamente ofegante e cansada, parecia que estava fugindo de algo. Seus olhos estavam com aparência de cansaço, seus braços estavam a mostra e continham inúmeros arranhões, seu cabelo estava bagunçado e ela mancava de uma perna.

Logo os seguranças se afastaram quando viram meu sinal, eles também a reconheceram. Apoiei seu corpo em meu ombro e a ajudei a chegar no banco, ela parecia estar sentindo muita dor.

- Sarah? -Está tudo bem?

Ela não me respondeu, parecia sem forças, mas eu insisti.

- Sarah você desapareceu, agora reaparece ferida, me conte o que houve!

- Jully...

- Sim, estou aqui!

- Depressa, precisa me ajudar.
Ela disse com a voz fraca e trêmula.

Eu me assustava mais e mais a cada batida do meu coração.

- Diga Sarah, o que foi?

- Ali, logo ali está minha mochila e eu preciso...

- Diga!

Ela estava nitidamente sem forças.

- Eu descobri algo, está na mochila.

- Onde??

- Ali.

Ela apontou o dedo para a escuridão da mata e eu me estremeci, ela estava quase desmaiando em meus braços e mesmo assim queria me mostrar o que descobrira.

- Não temos tempo Jully, por favor me ajude a recuperar minha mochila.

- Claro, me mostre onde ela está.

Ela se esforçou para se levantar e eu a ajudei, também fiz sinal para um dos seguranças nos acompanhar até a mata. Aos poucos conseguimos chegar até a imensa escuridão, com a ajuda de uma lanterna o segurança examinava todo o território, estávamos procurando por uma mochila e também atentos para qualquer perigo.

Aos 18Onde histórias criam vida. Descubra agora