A brisa da noite dançava sobre meu cabelo, Christopher adotou o silêncio por um tempo, até que disse lentamente:
- Como você está?
- Como estou?
- Sim! Quero saber como se sente.
- Aflita.
- Imagino.
- Ao menos sua filha está a salvo.
- É, eu sei. Agradeço muito a vocês por isso.
Ele parecia pensativo, angustiado e ao mesmo tempo reflexivo.
- Ares, eu preciso conversar sobre algo.
Ele disse se aproximando de minha retaguarda.
Olhei para trás o encarei meio confusa e me perguntei sobre o quê poderia ser essa conversa.- Se for sobre Dominik e Jully eu te asseguro que irei falar com ele e nós podemos resol...
- Quieta Catrina!
- Sim senhor.
- Não é sobre isso e não me chama de senhor.
- Certo.
Ser submissa a ele era o que me mantinha ainda ali, com meu irmão sofrendo em um hospital, com ele livre e pronto para se juntar a Helena, com todas as minhas dores ardendo em meu peito. A única coisa que realmente me prendia àquele lugar era essa devoção que nem eu mesma conseguia entender direito.
Apoiando-se em uma árvore ao meu lado Christopher colocou a mão sobre a boca e com a outra coçou a cabeça.
Aquilo me deixou confusa, ele parecia muito desconfortável.Talvez ele estivesse pensando em dizer algo que certamente me deixaria magoada e tinha dúvidas ou receio de que eu me demitisse por isso.
Talvez Dominik se apaixonar por sua filha tenha sido para ele uma traição e ele queira me dizer.- Ares eu preciso que saiba o porquê estive preso no Portão Vermelho todo esse tempo.
- Creio eu que esteja claro Christopher!
- Está?
Ele perguntou confuso, parecia envergonhado e ofegante. Suas mãos agora estavam em sua cintura e ele mordia o lábio inferior, como se estivesse bravo e ao mesmo tempo com medo de algo, isso me deu uma leve impressão de que eu estava encrencada.- O que houve?
Perguntei me aproximando de seu corpo.
Ele sorriu e disse calmamente:- Não achei que tivesse deixado transparecer nada.
- Como assim?
- Você diz que está claro o porquê de tudo Catrina.
- Mas é assim que vejo.
- Entendo.
- Quero que diga, não precisa ter receio de me magoar Christopher.
- Te magoar?
Ele parecia ainda mais confuso.- Sim! Todos parecem ter receio de me dizer algo, menos Jully que sempre diz o que pensa.
- Mas eu não podia dizer! Você não aceitaria.
- Como sabe? Acha que eu fiquei agradecida de você ter se sacrificado, ficando todo esse tempo preso? Eu sei que sou uma ótima caçadora e um soldado eficaz mas você tem inúmeros camaradas que poderiam proteger sua filha!
- Como?
- Não seja modesto Senhor, o senhor sabe que só foi preso no meu lugar para que eu pudesse vigiar e proteger sua filha. Sem contar que ficando alguns anos preso facilitaria para que Aurora não descobrisse que Helena está viva!
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Aos 18
ActionPlágio é crime!! Crie! Após perder a mãe, Jully Evangeline consequentemente tem que ir viver com seus tios, Cresce sem saber o paradeiro de seu pai, odiando o mesmo por ter abandonado a família. Quando tudo parece bem, faltando uma semana para o seu...