* Ares
O sol estava nascendo, a janela do enorme apartamento estava entreaberta, o cheiro de café estava inundando meu olfato aguçado, vi que a cama estava quase toda bagunçada e isso me deu dores no estômago.
Minha cabeça doía sem parar, minha memória estava voltando aos poucos e eu me assustava mais a cada lembrança.
Olhei para os lados procurando alguém, mas tudo estava em silêncio, estava vestida uma blusa enorme, branca, claramente masculina.- Merda!
Falei nervosa.Me levantei rapidamente da cama e comecei a procurar minhas roupas, procurar a porta para sumir dali, fingir que aquilo nunca havia acontecido, mas eu não estava encontrando nada que fosse meu.
O lugar era grande, um apartamento luxuoso com lustres dourados no teto, paredes brancas e móveis básicos porém elegantes.
Ele tinha dinheiro, bastante, pelo o que eu estava percebendo.
- Um telefone, é isso! Gritei aflita.Encontrar um telefone mudaria tudo, eu poderia me comunicar com algum ser inútil daquela cúpula, até mesmo ligar para Dominik, procurei e nada. Fracasso.
Acabar desistindo foi minha única opção, pois a fome também estava batendo em meu estômago, para piorar a situação.
Caminhei mais um pouco pelo local e encontrei a cozinha, ufa, realmente fiquei feliz pelo o cheiro do café ter me direcionado até a mesma.
No enorme balcão de pedra bruta, estava uma cesta, com pães, frutas, suco, bacon e até ovos mexidos.
Dei um sorriso de lado e procurei o café enquanto ia mastigando um pedaço daquele delicioso pão, se me lembro bem, acho que era francês.
Perto da cafeteira havia um pequeno pedaço de papel com algo escrito." Bom dia, espero que esteja tomando o seu café, e não. Não tenho telefone na minha casa se é isso que você está procurando. E sim, suas roupas estão na lavanderia, afinal estavam cheias de vômito.
Fui resolver algo.
Ás 11:30 a roupa chegará e você poderá ir embora.
Mirtys cuidará de você.
E não, não fomos nós dois que bagunçamos a cama.
Durma.
Espero que não se lembre do meu nome."O que ele quis dizer com " Não fomos nós dois que bagunçamos a cama".?
Fiz uma careta específica e voltei a mastigar um pedaço do pão em minha mão.
Mirtys? Quem seria?
A babá dele?
Sorri alto por alguns segundos e voltei a tomar o café, eu estava com bastante fome, e isso era ruim para alguém de ressaca.A porta se abriu e deu-se a figura de uma mulher já de idade, talvez uns 54 anos. Olhos negros como o carvão, pele escura e brilhante, cabelos grisalhos e lisos.
Ela me deu um leve sorriso e colocou para dentro algumas sacolas, que pareciam pesadas,
de imediato fui ao seu encontro para ajuda-la e ela devolveu-me outro vasto sorriso.- Bom dia querida! Ela disse logo em seguida.
- Bom dia.
Respondi tentando forçar simpatia.- Meu nome é Mirtys, em que posso servi-la?
- Bem... - Você pode me emprestar seu telefone, o que acha?
Falei com esperanças de conseguir telefonar.- Me desculpe senhora, mas meu patrão não permite telefones celulares em sua residência.
- Merda! - Seu patrão é maluco minha senhora!
Falei com aquele olhar de " caralho eu to certa, você sabia?"Ela se afastou colocando uma das sacolas encima do balcão e me direcionou o olhar.
- A senhorita, precisa de algo?
- Um telefoneeeee! Gritei me virando e dando um soco na parede, que mais tarde me custou faixas.
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Aos 18
ActionPlágio é crime!! Crie! Após perder a mãe, Jully Evangeline consequentemente tem que ir viver com seus tios, Cresce sem saber o paradeiro de seu pai, odiando o mesmo por ter abandonado a família. Quando tudo parece bem, faltando uma semana para o seu...