Spider-Gwen: Spiderverse - Livro III

Capítulo 3

Depois que ligamos para a polícia informando o local onde estava o corpo do estuprador, Peter e eu voltamos a delegacia. Michelle estava sentada em uma cadeira da sala de espera, sendo amparada por uma policial morena.

— Ei, 'tá tudo bem. Aquele cara já teve o que merece. — Eu disse abraçando a mesma.

— Me leva embora, por favor! — Implorou Michelle.

— Ela tem que ir a um hospital fazer o exame de corpo de delito, Mulher-Aranha. — Informou a policial.

Balancei a cabeça, concordando. Michelle tinha que tomar os medicamentos corretos.

***

Para nossa sorte, Helena estava de plantão nesse dia e Michelle pôde se sentir mais a vontade com ela. Depois dos exames, levamos Michelle para casa e ficamos fazendo companhia a ela até que sua mãe chegasse. Depois disso fomos embora. Nos dias que se passaram, MIchelle não conseguia mais rir de nenhuma gracinha ou piada que contávamos e agora, ela resolveu que iria passar o intervalo sentada em outra mesa sozinha.

  — O que está acontecendo com a Michelle? —  Perguntou Mary Jane olhando para ela — Ela esta estranha.

Peter e eu nos entreolhamos. Nós dois decidimos que não iriamos contar o que aconteceu com nossa amiga a ninguem.

  — Ela só precisa de um tempo. —  Respondeu Peter.

— Vocês sabem de alguma coisa e não querem me contar.

  — Não cabe a nós. 

Mary Jane voltou sua atenção a Michelle. O celular de Peter tocou de repente, chamando a atenção de praticamente todos na mesa. Após alguns segundos, Peter guardou seu celular e se levantou apressado da mesa, murmurando um "Tessa" pra mim, saindo logo em seguida. Olhei confusa para Ava.

  — Quem é Tessa?

— Quem sabe — Ela dá de ombros. 

Todos da mesa pareciam não saber quem era ela, então decidi que iria na casa de Peter saber dessa história. Pedi a Coulson que me deixasse sair também e ele, é claro, disse que eu teria que fazer um trabalho depois para compensar a ausência. 

Peter morava a uma certa distância da escola, da qual tinha que pegar trem para chegar até lá. Mas como eu iria correndo e soltando teias pelos prédios com meu uniforme, eu chegaria em pouco tempo. 

Bati em sua porta varias vezes, até sua tia atender com uma expressão preocupada.

  — Oi, Gwen. Entra — Ela me da passagem para entrar.

Fui até o quarto de Peter, encontrando o mesmo sentado no chão com um filhotinho de cachorro nos braços. Ele estava aflito.

  — ... Peter?

— Gwen? — Ele olha pra mim com os olhos vermelhos e marejados — O que faz aqui?

— Você saiu correndo no meio do intervalo, o que esperava que eu fizesse?

Peter voltou sua atenção ao pequeno animal.

— Então esse é a Tessa.

— Sim. Ganhei da tia May a poucos dias.

— Ela é linda.

Peter assentiu, concordando.

— O que esta acontecendo com ela?

— Eu não sei.

Me abaixei a sua frente e analisei a cachorrinha. Morta não estava, o que era ótimo. 

— Vamos levar ela até um veterinário.