Capítulo 10

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Assim que retornei a base aérea, vi Peter e Ava sentados na cafeteria conversando sobre algo aleatório. Me aproximei dos dois e dei um beijinho na bochecha de Peter, agradecendo-o por ter me ajudado. Ava nos olhou com um sorriso.

— Não esperava que você voltasse de bom humor  — Disse Peter — Mas estou feliz que esteja. O que aconteceu lá?

— Eu perdoei o Connors. 

— É sério? — Ambos perguntaram juntos, surpresos.

— É, sim. Eu não percebi, mas todo esse rancor que estava dentro de mim estava me fazendo mal. E quando eu disse que tinha o perdoado, parecia que havia tirado um peso de minhas costas, sabe? Me senti mais leve. 

Peter me olhou com sorriso fofo. 

— E a patrulha com o Miles, Ava? Alguma novidade?

— Vamos fazer isso daqui a pouco, só estou esperando o bonito aparecer — Ela revira os olhos.

— Eu queria te mostrar uma coisa... — Disse Peter em tom de voz baixo.

— O quê?

— Tem algum compromisso para hoje?

Neguei com a cabeça. Peter segurou uma de minhas mãos e me levou até a portinhola que utilizávamos para sair da base aérea e ciar direto na Oscorp. Antes de pular e cair em cima do terraço, vi Nick se dirigir a sua sala acompanhado de um homem estranho de capa vermelha. Não poderia ser o Thor, pois ele é loiro. Pensei em consultar J.A.R.V.I.S. para saber o perfil do cara, mas minha curiosidade em saber o que Peter queria me mostrar venceu e eu desci pela portinhola caindo no terraço. Segui-o até uma estação de trem abandonada chamada Roosevelt, onde vi Peter entrar em um vagão prateado cheio de computadores antigos. 

— É seu esconderijo secreto? — Perguntei entrando no vagão.

— Acredito que será nosso depois que você ver o que descobri aqui. 

Olhei para o monitor que Peter apontará e vi que já estava ligado, com um vídeo a ser reproduzido. Peter apertou o botão de espaço e o vídeo começou a se passar com um homem de janelo branco. 

— Quem é ele, Pete?

— Meu pai.

Peter mal olhava para a tela ou para mim. Segurei sua mão e continuei assistindo. Richard disse que conseguiu criar um algoritmo de taxa de decaimento, foi quando me lembrei da pasta em que Peter me mostrou quando investigávamos o Connors.

— Chega, eu não quero mais ouvir — Disse pausando o vídeo — Por que está me mostrando tudo isso, Peter? Eu sei que seu pai trabalhava com o Connors e...

— Ele era agente da S.H.I.E.L.D. — Disse me interrompendo.

— Como? 

— Meus pais eram agentes e morreram em uma missão contra o Caveira Vermelha. O avião deles foi sabotado, por isso aconteceu o acidente. Eu... Eu ainda me lembro deles me deixando com o tio Ben e saindo pela porta.

— Vem cá — Puxei ele para um abraço forte — Não fica assim. Seus pais teriam orgulham de quem voce se tornou. Ei... — Desfiz o nosso abraço e o fiz olhar para mim — Eles morreram como heróis. Poxa, contra o Caveira Vermelha? Significa que estavam salvando vidas.

— Eu sei. É que... Sinto falta deles.

— Qual é, lindinho? Melhora essa cara. Olha pelo lado bom, você tem a May e agora a Tessa.

Peter sorriu quando lembrei de sua cachorrinha.

— E eu tenho a Helena, a Lily e estranhamente uma gata que me dá alergia chamada Jade. Viu? Não temos nosso pais, mas temos pessoas que nos amam como se fossem eles. Não tem porque ficar triste.

— Você tem razão — Peter me olha com um sorriso — O que seria de mim sem você, Gwen Stacy?

Spider-Gwen: Spiderverse - Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora