Capítulo 38

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Tomei meu banho e coloquei um pijama confortável. Enquanto estava terminando de fazer uma trança em meu cabelo, ouvi um barulhinho na janela e vi que se tratava de Peter em seu uniforme. Abri a janela e deixei que ele entrasse.

— Aqui fora tá muito frio — Disse ele tirando sua máscara e esfregando uma palma da mão na outra.

Não aguentei e o beijei ali mesmo. Peter colocou suas mãos em minha cintura e me puxou mais para perto de si, colando nossos corpos. Minhas mãos foram para o seu maxilar, aprofundando mais o beijo. Só nos separamos por falta de ar, mas ainda mantivemos nossas testas coladas.

— Eu devia ter vindo mais cedo — Brincou.

— Pensei que tinha te perdido — Admiti baixinho.

— Eu sei. Eu ia voltar pra você, mas achei que eu iria ajudar mais se eu continuasse recrutando mais aranhas. Desculpe por não ter te contado.

— Não tem que se desculpar. Ben me ajudou bastante.

Peter me olhou com olhos cerrados.

— Como assim Ben te ajudou?

Sorri.

— Ciúmes Parker?

— Claro que não. Como eu vou ter ciúmes de um cara mais alto, forte e mais bonito que eu dando apoio emocional pra minha namorada?

Gargalhei com essa confissão de Peter.

— E desde quando Ben é mais bonito que você? Forte e alto talvez... Mas ainda assim, eu prefiro você. Meu bolinho — Apertei suas bochechas com uma mão só.

Peter riu.

— Olha, Ben me deu apoio emocional sim. Mas não fica com ciúmes, tá? A propósito, ele me deu isso...

Fui até a minha cômoda e peguei o spider-drone. Karen — a assistente pessoal do traje de Peter — rapidamente conectou seu sistema ao da aranhazinha metálica, fazendo-o voltar a funcionar.

— O fato de você gostar tanto desse drone fez com que eu me sentisse mais próxima de você quando estava com ele. Ben sabia que eu precisava disso e por isso ele me deu.

Peter estendeu a mão e a pequena aranha pousou em cima. Ambos olhamos para ela.

— Ok, não devo ficar com ciúmes do Ben. Mas e dele? Você disse que ele era charmoso.

— É, ele tem seu charme — Peguei o drone de sua mão fazendo-o olhar para mim — Mas o meu coração é seu, Peter. Sempre foi.

Peter sorriu e me deu um beijo rápido. Puxei ele em direção a cama, onde ficamos deitados e conversando por um tempo. Quase dormi ali aninhada em cima do peito de Peter, quando ele resolveu quebrar o silêncio:

— Você vai para a escola na segunda-feira?

— Você quer falar sobre escola agora? — Minha voz saiu sonolenta.

— Só quero saber se você vai, afinal, quando as aulas começarem os projetos serão retomados. Você estava participando do evento de mostra de talentos, não estava?

Droga. Tinha esquecido disso.

É, estava. Mas não vamos falar sobre isso agora — Bocejei — Tô com muito sono. Vai ficar aqui essa noite?

— Quer que eu fique?

— Se quero — Sorri.

Spider-Gwen: Spiderverse - Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora