Capítulo 57

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— Ah, estão quer dizer que eu te causo incômodo?

Obviamente, quem estava incomodada naquele momento era eu.

— Dias atrás você queria que eu deixasse você ficar perto de mim e agora eu te causo incômodo? Peter, você tem que decidir o que quer pra sua vida!

— Eu quero você! Digo... Ela! — Peter soltou um suspiro frustrado. — Não estou dizendo que você me causa incômodo, mas sim o que pode acontecer com você! — Ele me olha aflito — Não quero que aconteça com você o mesmo que aconteceu com ela, entende?

— Eu não sei se você notou, mas eu posso cuidar de mim mesma. Peter, você tem que aceitar o fato de que  correr riscos faz parte de mim agora!

— Mesmo assim eu não consigo ficar tranquilo.

— Assim não dá! Vou pedir para o Ezekiel te deixar aqui em Nova Iorque e mandar outra pessoa vir comigo! — Disse me dirigindo de volta a sala de reuniões mas algo me impediu.

Senti algo grudar em minha blusa e me puxar para atrás, me fazendo parar nos braços de Peter. Nem deu tempo para eu assimilar o que tinha acontecido, pois no minuto seguinte nossos lábios já estavam selados. Foi tudo tão rápido.
Terminei o beijo ainda atordoada tentando me afastar, mas Peter não me soltou.

— Você me beijou... — Foi tudo o que consegui dizer.

— Eu sei, me desculpe. Não consegui me conter — Ele me olha meio receoso — Você gostou?

Fechei os olhos tentando respirar fundo.

— Foi... Um grande erro ter vindo atrás de você.

Peter finalmente tirou as mãos de minha cintura. Me recompus rapidamente e me afastei dele a passos curtos.

Voltei para casa me sentindo mal por causa do que tinha acontecido

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Voltei para casa me sentindo mal por causa do que tinha acontecido. Sei que foi Peter quem tomou a iniciativa, mas mesmo assim nos beijamos. Eu devia ter deixado pra lá.
Assim que cheguei em casa, fui direto para o meu quarto tirar meu uniforme. Mal encostei minha cabeça no travesseiro que já recebi uma ligação de Peter, provavelmente avisando que Lukas estava.vindo para casa. Resultado? Não consegui atender.

— E aí, loira? — Ouvi uma voz familiar vindo da janela.

— Ben!

— O que houve? — Ele entra em meu quarto e senta ao meu lado em minha cama — Você tá legal?

Ele era um dos poucos em que eu tinha confiança e me sentia confortável para conversar sobre qualquer tipo de coisa.

— Peter me beijou.

— Mas isso deveria ser bom, não? Ele é seu namorado.

— Não esse Peter.

Contei-lhe do ocorrido na base aérea e Ben ficou furioso com Peter. Disse que ia ter uma "conversinha" com ele mas eu pedi que não o fizesse. Peter só estava confuso em relação aos seus sentimentos.

— Não tente dar uma justificativa para o que ele fez, Gwen — Disse ele — Ele não tinha o direito de fazer isso!

— Ele está confuso! A Gwen dele morreu a menos de um ano e ele ainda não superou.

— E isso é motivo pra te beijar sabendo que é comprometida? Ah, ele vai ver só.

— Não faça nada, por favor.

— E vou ficar de braços cruzados?

— Não — Sorri fraco — Você pode ficar aqui me fazendo companhia. Tudo o que eu preciso agora é de um amigo.

Spider-Gwen: Spiderverse - Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora