Capítulo 6

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Dia Seguinte...

— Eu vou subir lá.

— Não. — Respondeu Peter.

— Eu vou sim.

— Não, você não vai.

— Fique olhando. 

 Deixei Peter sozinho com os policiais e escalei o prédio de treze andares, na tentativa de resgatar um refém das mãos de um bandido que ameaçava jogar o homem do prédio. Ele roubou um banco com ajuda de seus comparças, mas estes já haviam sido pegos por mim e Peter. Agora só faltava ele. Consegui chegar no último andar, me aproximando por trás do  bandido sorrateiramente.

Tomando cuidado, atirei uma teia em suas costas e o puxei com força fazendo bandido e refém caírem no terraço do prédio. Mesmo que desnorteado, o bandido conseguiu se colocar de pé e sacar sua arma, mirando no refém. Tentei arrancá-la de sua mão com outra teia, mas de algum modo ele conseguiu desviar e atirar no homem logo em seguida.

— Perdeu, Mulher-Aranha! — Disse ele com um sorriso cínico. 

— Você gosta de altura, não é? Vamos ver se gosta disso.

Em um movimento rápido, tirei a arma da sua mão com um golpe que aprendi com a Ava e o pendurei na lateral do prédio com apenas um fio de teia. Ele estava assustado pensando que iria cair a qualquer momento. Claro que isso iria acontecer, mas a policia iria ter tempo suficiente para tirá-lo de lá antes que isso acontecesse. Voltei minha atenção para o homem baleado. A bala pegou no ombro, para o meu alívio.   

— O senhor vai ficar bem.

— Obrigada, Mulher-Aranha.

Assim que chegamos na rua, uma ambulância já estava a espera dele. Enquanto ele era medicado, uma voz feminina chamou nossa atenção. Era a filha dele. A garota de aproximadamente dezessete ans correu até seu pai e o abraçou fortemente, dizendo que estava feliz por ele ter sobrevivido. Isso me fez lembrar de meu pai e de como não tive essa sorte. 

— Você esta bem? Ficou muda de repente — Disse Peter, colocando sua mão em meu ombro.

— Eu só... Preciso sair daqui. 

Novamente deixei Peter sozinho e saí soltando teias pelos prédios, até chegar em um condomínio com escadas de incêndios, onde fiquei por um bom tempo até Peter me encontrar. Ele não disse nada, para a minha surpresa, mas sentou-se do meu lado e ficou observando a movimentação de carros lá embaixo. Ficaríamos em silencio por mais um tempo, se eu não tivesse escolhido quebrar o silêncio.

— Não vai dizer nada? — Perguntei.

— Não sei se deveria. Na verdade, não sei nem deveria estar aqui, mas te trouxe isso — Ele me entrega um saco de papelão com alguns salgados dentro e duas latinhas de refrigerante — Não vi você comer o dia todo.

— Obrigada, Peter. 

Ambos comemos o lanche em silêncio. Já era fim de tarde quando recebi uma ligação inesperada de Michelle, da qual coloquei em viva-voz para que Peter ouvisse  também.

Gwen, tá ocupada?

— Não, por que?

Pode vir aqui em casa? Se puder, chame o Peter também. Preciso de vocês dois.

— Claro, já estamos indo — Digo encerrando a ligação. 

Spider-Gwen: Spiderverse - Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora