Capítulo 39

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Dia Seguinte...

Após tomar o café da manhã com Helena e Lily, coloquei meu traje e um sobretudo por cima, e fui até o local onde a fortaleza aérea estava caída ver o tamanho do estrago. Uma de suas turbinas estava soltando fumaça, enquanto que outras duas estavam embaixo d'água. A aeronave não estava muito longe do porto, o que facilitava os funcionários a chegarem perto dela para consertar os danos.
Fui até o porto conversar com Fury.

— Senhor, sem os computadores funcionando não tem como ativar as turbinas — Informou um funcionário — Só essa turbina que esta soltando fumaça vai levar dias até ser consertada.

Fury o fuzilou com o olhar.

— Diretor Fury? — Chamei sua atenção — Desculpe interromper, mas acho que tenho a solução para esse problema. Lembro que o Stark consertou uma das turbinas durante o ataque alienígena em Nova Iorque e isso não durou muito tempo.

— Acha mesmo que o Stark tem tempo ou disposição para nos ajudar?

— Me dê duas horas.

Ok, eu não tinha garantias de que ia funcionar. Mas eu precisava fazer algo para ajudar.

— Duas horas, Stacy.

Assenti. Fury deu mais uma ordem para seu funcionário e se dirigiu a um navio, do qual pôde ser levado até a base aérea.

— J.A.R.V.I.S., localize o Stark.

Um mapa da cidade de Nova Iorque surgiu a minha frente e um ponto vermelho em cima do Queens piscava sem parar. Como eram poucos quilômetros de Manhattan até o Queens, consegui rapidamente chegar no local onde J.A.R.V.I.S. mostrava. Stark com certeza deve estar respondendo perguntas de repórteres do mundo todo.
Avistei Happy estacionado a poucos metros da entrada e me aproximei dele, ficando em cima do carro. Happy odiava isso.

— Oi, Happy!

Ele me olha irritado.

— Mais um pra tirar minha paciência.

— Ah, eu sei que você gosta de mim.

— O que você quer?

— Dois minutinhos com o seu chefe, pode ser?

— Não — Ele cruza os braços.

— Qual é, Happy? É muito importante. Se trata da S.H.I.E.L.D.

Happy franziu o cenho. Stark não tinha que atender um pedido de uma adolescente que solta teias, mas a S.H.I.E.L.D. era outra história. Eu sabia que ele não ia recusar.

— Ele sai em quinze minutos — Ele murmurou abrindo a porta do carro.

— Valeu, Happy. Fico te devendo.

Entrei no carro rapidamente e sentei me no banco do passageiro. Happy fez o mesmo, ocupando o lugar do motorista.
Passado os quinzes minutos, uma multidão começou a se aglomerar em volta da porta do edifício e acompanhar Stark; enquanto os seguranças seguravam os repórteres, Tony entrou apressado no carro tirando seu óculos assim que me vê ali dentro.

— Invasão? — Perguntou ele.

Seu olho direito estava meio arroxeado.

— Caramba, quem fez isso com você?

— O que está fazendo aqui?

Ele ignorou completamente minha pergunta, mas eu não me importei. Só me restava 15 minutos.

— Preciso de sua ajuda, Tony.

— O que foi? Está insatisfeita com seu traje?

— Claro que não, eu vim pedir sua ajuda para consertar uma das turbinas da base aérea.

Tony soltou um suspiro fraco. Continuei:

— Sei que você não está em um bom dia, mas eu não estaria aqui se não fosse importante. A base aérea além de ser um local de treinamento é o lar da minha equipe e de várias outras pessoas. Mas se o senhor estiver ocupado, eu vou entender.

Tony desviou seu olhar para o retrovisor do carro, fazendo um sinal para Happy dirigir. Fiquei meio confusa no começo, pois não sabia se ele tinha concordado em ajudar ou se apenas estava me levando junto com ele e depois eu teria que voltar sozinha. Ele não faria isso, faria?

— Tony, se você não vai ajudar ao menos me deixe sair do carro.

— Eu vou ajudar, pirralha. Eu só preciso...

A buzina do carro interrompeu Stark, de repente. Tony e eu olhamos simultaneamente para a frente, para ver o que estava acontecendo; alguém estava bloqueando a passagem, mas essa pessoa — da qual eu conhecia muito bem — estava impedindo um acidente de carro, que por acaso, teria nos acertado senão fosse por ele.

— Mais um pirralho? — Perguntou Tony olhando pelo vidro fumê.

— Somos todos pirralhos pra você?

Stark murmurou um "aham" sem tirar os olhos da rua. Bem, vou ter que cuidar disso eu mesma.
Tirei o sobretudo que escondia meu traje e coloquei minha máscara, saindo do carro logo em seguida. A pessoa que tinha acabado de nos salvar era Peter. Do outro mundo.

Spider-Gwen: Spiderverse - Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora