E se eu fosse anônima? (COMPLETO)

Capitulo 95

- O que você quer comigo?
- Calma, eu me chamo Sophie Lenon e você?
- Eu sei quem é você, eu me chamo Marjorie.
- Eu quero conversar com você, posso?

Ela me olhou e começou a chorar e eu fiquei sem reação, ela se levantou e eu fui atrás.

- Por favor, não vai embora, quero falar sobre sua filha.

Ela parou de andar e se virou e veio em minha direção e se ajoelhou chorando.

- Você encontrou minha filha? por favor cuida da minha filha, não deixa que ela pegue minha filha. - falou desesperada.
- Calma, ela quem?
- Por favor.. - começou a chorar.
- Você está com fome?

Ela fez que sim com a cabeça e eu procurei um restaurante e chamei ela para jantar comigo, entrei no restaurante e quando a Marjorie foi entrar ela foi barrada.

Eu me virei e disse que ela estava comigo, o segurança me olhou e me puxou de canto.

- Desculpa senhora, mas ela não pode entrar.
- Porque não?

Ele olhou pra ela dos pés a cabeça e depois me olhou, eu fiquei furiosa e aumentei meu tom de voz.

- O que a roupa dela tem haver? só por causa disso você é melhor do que ela?
- Não senhora, não é isso.
- É o que?
- Ela é uma mendiga, suja e não pode entrar.
- Você não vai deixar ela entrar?

O gerente do restaurante apareceu e perguntou o que estava acontecendo.

- Acontece que seu funcionário não está deixando minha AMIGA entrar.
- Como assim Gary?
- Olha senhor o vestimento dela.
- Deixe a moça entrar, ela está junto com a Sophie Lenon e não queremos que ela tenha um  atendimento ruim no nosso estabelecimento.

Ele me olhou , piscou e o segurança liberou a entrada da Marjorie, o garçon veio em nossa direção e nos guiou até uma mesa e nos deu o cardápio.

- O que você quer comer?
- Não sei, pode ser batata frita com hambúrguer.
- Batata frita com hambúrguer?
- É.
- Não, por favor você pode pedir o que você quiser.
- Desculpa Sophie, não posso fazer isso.

Ela se levantou da mesa e eu segurei seu braço.

- Por favor eu preciso conversar com você, é pelo bem da sua filha.

Ela me olhou e se sentou novamente e pediu o prato, ele era o mais barato, mas se ela quer ele, tudo bem.

- Então eu e meu noivo encontramos sua filha.
- Aonde ela esta?
- Ela está bem.
- AONDE? - aumentou o tom de voz.
- Calma, a gente levou ela para um lugar seguro, lá eles estão cuidando dela.
- Eu me sinto tão culpada por ter colocado ela nessa situação.
- Que situação?
- É complicado.
- Você está devendo algo para pessoas maldosas?
- Não, não é isso, mas a minha mãe está querendo pegar ela de mim.
- Eu sei.
- Como você sabe?
- Espero que você não fique nervosa, mas eu estou tentando adotar a sua filha.