Heartbreaker [1]

• Capítulo Quarenta-Sete - Vingança

• Ariana Grande •

O caminho até a casa de Ryan foi tranquilo, assim que saímos do carro, Camille o ajudou a caminhar.

— Acho que os meninos já foram para casa. — Ela diz, assim que entra pela porta de entrada. — Está tudo vazio.

— Você vai ficar né? — Ryan pergunta embolado e ela assente.

— Vou sim.

— Nós já vamos. — Eu digo a eles e olho para o Justin.

— Cuida do Ryan. — Justin pede a Cami, calmamente. — Qualquer coisa me liga.

— Nós vemos amanhã. — Digo por fim.

Eu e Justin caminhamos em silêncio para fora da casa dele.

— O que vai falar para os pais? — Ele interrompe aquele silêncio incômodo.

— Que vou dormir na Cami. — Dou os ombros.

— Quer parar para comer? — Justin oferece e eu balanço a cabeça, negando.

— Quero chegar logo na sua casa.

Eu não queria ter que ter essa conversa, mas eu também queria ter respostas.

Eu preciso delas.

— Você quer terminar? — Ele para o carro abruptamente e me olha. — Eu sou uma completa confusão, eu sei, entendo se não quiser fazer parte disso.

— Eu quero respostas. — O encaro.

— Vamos lá. — Ele suspira. — Me pergunte o que quiser.

— Qual é o envolvimento do Christian no seu acidente? — Sou direta.

— Como é? — Ele arqueia a sombrancelha.

— Ele disse que o coração dele morreu no acidente, Justin. — Eu passo a mão em meu rosto. — O quão idiota acha que sou?

— Havia mais gente no carro. — Ele abaixa a cabeça. — Talvez ele me odeie um pouco por isso.

Engoli seco.

— Ela morreu?

— Eu não quero mais responder nada, Ariana. — Ele nega com a cabeça.

— Quem cala, consente. — Eu suspiro.

Justin não havia só ferido sua namorada gravemente, a abandonado no hospital e seguido sua vida.

Ele havia matado a namorada de Christian.

— Agora tudo faz sentido. — Eu murmuro. — Por isso ele tentou me beijar.

Christian não queria mostrar que era o cara certo, ele queria se vingar pelo o que Justin o causou.

— O que? — Justin volta a me encarar.

— Nada.

— O Christian tentou te beijar, Ariana?

— Tentou. — Suspiro. — Mas eu virei o rosto, foi só um minuto de bobeira.

— Eu não acredito que ele tentou fazer isso! — Ele soca o volante.

— Justin!

— Filho da puta! — Ele soqueia novamente o volante.

— Justin, chega. — Eu tenho segurar os seus braços.

Ele para de tentar se mexer e respira fundo, seus olhos caramelados encontram os meus, mas eles agora possuem um tom escuro.

— Ele te disse algo? — Me pergunta.

— Não. — Desvio o olhar.

— Ariana, o que ele te disse?

— Que você não era o cara certo para mim, Justin. — Suspiro. — Isso por acaso é uma espécie de código? Todos me dizem isso.

— Até a formatura. — Eu não sei se isso é um pedido ou um aviso. — Até a formatura e eu te conto tudo, eu juro.

Eu sabia minhas opções, se eu negasse seu pedido, ficaria sem ele.

— Até a formatura, Justin.

Ele tinha menos de seis meses até a formatura, esse era o prazo que eu daria a ele.

— Vamos para casa. — Ele liga novamente o carro e começa a dirigir até sua casa.

— Justin? — Eu o chamo e ele me olha de relance.

— O que vai fazer sobre o Christian?

Estou com medo de sua resposta.

— Nada, Ari. — Ele não me olha enquanto responde.

Eu não acredito nele.