• Capítulo Cento-Dez - Homem de verdade

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• Ariana Grande •

Depois que o Ryan decidiu parar de falar quando percebeu que ele só estava piorando a situação, a mãe da Cami nos chamou para a mesa.

— Ryan é um babaca. — Chaz comenta.

— Não fala assim que minha mãe já está voltando para a mesa. — Cami alerta.

— Você fala coisa pior. — Chaz retruca.

— Mas eu quero que ela tenha uma boa impressão do pai do meu filho, Charles. — Cami cruza os braços.

— Então deveria ter arrumado outro cara para trazer aqui. — Chaz mostra a língua e Ryan ataca uma azeitona nele. — Vai se foder, Butler.

— Eu estava nervoso, desculpa.

— Estava? — Christian arqueia a sombrancelha, rindo.

— Estou. — Ryan revira os olhos.

— Ei. — Justin me cutucou. — Essa situação me faz pensar em uma coisa.

— No que? — Olho para ele.

— Quando você vai me levar na sua casa para que eu peça sua mão oficialmente para os seus pais? — Ele me pergunta.

Era estranho porque eu nunca havia parado para pensar sobre o assunto, havia se passado tanto tempo e nós por tanta coisa que eu sequer pensei em como meus pais estavam sobre esse assunto.

— Quando você quiser. — Sorrio.

— Vê quando seus pais estão disponíveis e eu também estarei.

— Combinado. — Beijo seus lábios.

— Espero que gostem de lasanha a bolonhesa. — Mãe da Cami volta para a sala de jantar trazendo uma enorme tigela cheia de lasanha.

Todos da mesa comemoram.

— Camille nunca fez questão de convidar os amigos para virem aqui, tem algum ocasião especial? — Ela pergunta assim que ela se senta na mesa conosco.

— Eu vou ser direta. — Camille larga as talheres na mesa e todos olham para ela, menos Chaz que está servindo a lasanha.

— Para com isso. — Olívia sussurra para que ele pare.

O momento tenso da noite chegou.

— Eu estou grávida.

Toda a sala fica em silêncio enquanto todos olham para ela, então sua mãe se levanta e gargalha.

— Você não pode estar grávida.

— O que? — Cami se levanta. — Essa sem dúvidas não é a reação que eu estava esperando.

— E que reação você quer que eu tenha, Camille? — Sua mãe altera o tom de voz. — Você só tem 17 anos.

— Eu sei!

— Você vai abortar. — Sua mãe a olha com raiva.

Os olhos da minha melhor amiga se enchem de lágrimas.

— Não!

— Não? — Ela avança contra Camille, mas minha melhor amiga se afasta dela e Ryan se coloca de pé. — Eu sou sua mãe!

— E esse bebê é meu filho.

— Do que adianta ter um filho se você não tem dinheiro para sustentar e um teto para morar?

Todos na sala ficaram em choque com o que havia acabado de sair da boca da mãe da Cami.

— Você está me expulsando de casa?

— Eu não quero uma vergonha na minha casa.

— Chega. — Vejo o quanto Ryan está nervoso, ele ficou quieto demais, seu rosto está vermelho, ele está com raiva disso tudo, todos estamos na verdade. — Você não tem o direito de falar assim com a sua filha.

— Quem é você, garoto?

— Eu sou o pai do filho dela. — Ele puxa Camille para si. — Eu vim aqui com a intenção de deixar claro que eu jamais vou deixar a Camille desamparada e muito menos o meu filho que ela carrega.

— Você é só um garoto, vai fazer o que? Trabalhar no burguer King?

— Se for necessário, eu vou. — Ele diz, firme. — É triste que você tenha vindo com três pedras na mão querendo fazer de tudo para que sua filha abortasse uma criança, a escolha não é sua, é nossa e a senhora não pode apoiar a nossa decisão, a senhora não pode fazer parte da nossa vida e nem da vida do nosso bebê.

Ryan havia se mostrado um homem de verdade.

— É triste que a senhora não tenha tido um homem como eu estou tendo agora, eu sinto muito que o papai tenha te largado grávida mãe. — Cami soluça.

— Chega, vamos embora Cami.

— Eu vou pra onde? — Agora ela olha para Ryan, enquanto chora.

Ela ainda espera que sua mãe a faça ficar.

— Você vai pra minha casa. — Ele diz.

Heartbreaker [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora