Guardei minhas coisas e ele fez o mesmo, quando acabei de guardar tudo me sentei na mesa da minha carteira.
- Eu vi vocês ontem, no pátio e hoje na quadra - se sentou na mesa dele.
- O único com que eu estava nesses lugares... - pensei, tentando me lembrar- Era o Vinícius.
- Que série ele faz? Não me lembro de dar aula para ele.
- Ele já acabou o ensino médio, faz cursinho aqui. Ele não é meu namorado, é meu amigo.
- Nas duas vezes que eu vi vocês, ele estava com a mão na sua cintura.
- E daí? Somos amigos há muito tempo. Temos intimidade, ele sempre foi assim e ele não faz isso só em mim.
Ele suspirou passando a mão nos cabelos, parecendo confuso.
- Sabe o que eu acho mais estranho disso? - continuei e ele voltou a olhar para mim - Eu não estou te perguntando quem é a mulher que estava com você na quadra, e sabe porque? Porque isso não é da minha conta, nós não temos nada, não somos nada.
- Espe..- o interrompi.
- Nós nos beijamos, você pediu desculpas e pronto, acabou! Não tem porqu.. - ele desceu da mesa, colocou as mãos no meu rosto e colou nossas bocas. Arregalei meus olhos com a rapidez que tudo aquilo aconteceu, mas sentir aquela boca na minha me fez relaxar, fechar os olhos e retribuir o beijo.
Ele mordeu meu lábio inferior, me fazendo abrir um pouco a boca permitindo que ele invadisse a minha com a sua língua quente. Ainda estava sentada na minha mesa, então abri minhas pernas e o puxei pela camisa que ele usada, fazendo com que ele ficasse entre as minhas pernas. Ele desceu uma de suas mãos e a colocou na minha cintura me puxando para mais perto. Nossos corpos estão totalmente colados. Posso sentir seu coração batendo de forma acelerada.Ambos estamos ficando sem ar, demos um selinho, separamos nossas bocas e juntamos nossas testas. A única coisa que se ouvia naquela sala eram nossas respirações fora do ritmo. Estou com os olhos fechados, mas logo os abro, me dando conta de que ele me encarava.
- Não vai pedir desculpas? - separei nossas testas, me indireitando na mesa.
- Não estou arrependido - desceu suas mãos que estavam na minha cintura, para minha coxa.
- E estava naquele dia, no carro? - passei a mão nos meus cabelos.
- Não, mas não sabia o que dizer. Não queria que pensasse mal de mim.
- Entendi - respondi meio seca.
- Foi mal - fez uma pausa e passou a mão nos cabelos, os desarrumado - Por todo esse interrogatório ridículo.
- Ainda não entendi o porque disso - respirei fundo - Não entendi o porquê de você ter ficado tão incomodado.
- Nem eu - tirou as mãos da minha coxa e as colocou no bolso da frente da calça jeans que vestia - Na verdade, eu não sei. Estou tão confuso quanto você.
Eu o encara enquanto ele encarava o chão, ficamos assim por poucos minutos.
- Me fala..- ele elevou seu olhos para mim, me fazendo ficar um pouco mais nervosa do que eu já estava. Respirei fundo e continuei - Porque te incomodou tanto me ver com ele?
- Eu..- olhou no fundo dos meus olhos - Você é diferente, Mariana. Ainda não sei explicar em que sentido, mas quando te vi com ele me incomodou.
- Sen..- ouvimos passos vindo do corredor e logo a voz do diretor dizendo, " Rafael, está por aqui?"
Ele foi destrancar a porta e depois para trás mesa do professor, mas antes de tudo isso me ajudou a descer da mesa onde estava sentada. Coloquei a mochila nas costas. E Rafael respondeu.
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Everything we shouldn't do is better |Completo|
Teen Fiction- Nunca ouviu aquele ditado que diz "proibido é mais gostoso"? - Já, mas nunca pude tirar a provar para ver se o ditado está certo - cruzei os braços. - Não? Então não se preocupe que eu posso mostrar para você - se aproximou de mim - Você quer?