Everything we shouldn't do is better |Completo|

Capítulo 27

Estou tão confusa...

Realmente, é uma situação difícil. Mas custava chegar em mim e dizer "Estou passando por um momento difícil, terei que me afastar"

- Você parece distante, Mari. Quero que você saiba que em momento algum eu deixei de gostar de você. Um dos motivos para que eu bebesse foi a nossa relação ter mudado e aquele cara com você na quadra. Eu achei que vocês estavam juntos.

- Por que você pensou isso? - questionei.

- Vi nos seus olhos uma certa admiração. Quando ele chegou lá na sala você quase pulou da cadeira para me entregar a atividade para sair da sala com ele e a forma que ele se aproximou de você na quadra - fechou os punhos - Para mim, você já tinha me esquecido

- Quando eu estava na sua casa, você perguntou se eu já tinha te esquecido - falei baixo.

- Eu me arrependo de não ter vindo em você e dito tudo que estava acontecendo, não pensei que as minhas atitudes afetariam dessa forma o que nós tínhamos. Me perdoa. Se você estiver de acordo, eu estou disposto a começar de novo.
Não quero te perder, Mariana.

- Mas as coisas que você falou..me magoaram pra caramba.

- Eu posso não ter te dito que teríamos algo sério, mas isso não quer dizer que eu não tenha pensado ou sonhado com isso.

Se aproximou de mim.

- Caramba, eu falei de você para os meus amigos e até para os meus irmãos - sorriu - Eu sou louco por você - continuou, pousou sua mão no meu rosto e veio se aproximando mais.

- Você sabe que eu também sou louca por você - falei baixo olhando nos seus olhos.

- Me perdoa? - perguntou.

Eu me afastei dele e respirei fundo olhando ao meu redor.

Passei as mãos no meu cabelo.

- Se o que te incomoda é que eu seja seu professor, tudo bem - se levantou - Vou agora no colégio e me demito.

Olhei para ele espantada.

Ele se demitiria por mim?

Ele é louco?

- Você é louco? - perguntei me aproximando.

- Sim, sou louco - me puxou pela cintura - Sou louco por você, Mariana.

- Perderia esse emprego por mim? - apoiei minha mão no seu ombro.

- Sem dúvidas - sorriu.

Assenti devagar e sorri.

- O que foi? - perguntou meio confuso.

- Eu te perdoo, Rafa - falei - Mas não peça demissão.

Um sorriso contagiante cresce no rosto dele.

Que saudade eu senti de vê-lo assim..

Ficamos nos encarando por uns segundos, o que me deixava inquieta.

- Vai me beijar ou não? - perguntei sorrindo.

- Claro que vou - me segurou pela cintura, me coloquei na ponta dos meus pés e nos beijamos. Sem brigar por dominação ou algo do tipo, um beijo leve que me fez sentir as famosas borboletas no estomago. Suas mãos passeavam pelas minhas costas. Seguro seu rosto para sentir toda a sua boca na minha. Senti falta desses lábios contra os meus.

- Senti sua falta - falou quando nos separamos, me deu um selinho.

- Eu também senti - me abraçou forte, mas logo soltou um gemido de dor - Já trocou os curativos hoje? - me afastei.