Capítulo 67

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Boa leitura, amores

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Mariana P.O.V

Ele saiu tão rápido e tão bravo que nem consegui o acompanhar.

Está na sala o Thiago, a Vanessa, a Carol e eu.

Todos estão calados.

Tanto a Vanessa como a Carol estão chorando.

Thiago passa a mão no cabelo frustrado e com os olhos vermelhos de raiva, talvez.

Me levanto e eles olham para mim.

- Me..me desculpa..- falei baixo - Eu vou falar com ele.

Há tanto para digerir que nem sei se vou conseguir.

Então na época que tudo aconteceu as gêmeas estavam com quatorze, Rafael com dezessete, Carol com dezenove e o Thiago com vinte.

Eles brigaram, não apenas uma discussão, mas briga física, com porradas. Eu não consigo entender ou acreditar.

Corro até o quarto dele, a porta está fechada, entro e logo a tranco. O cama está do jeito que deixamos pela manhã. Escuto o barulho do chuveiro e vejo sua bermuda e camisa no chão.
Tiro minha roupa e deixo com a dele.
Abro a porta e ele está de costas para a porta, com a cabeça encostada na parede. Suspiro e entro devagar, entro chuveiro e o abraço por trás.

Ele fica calado, até que o escuto engasgar e fungar.

Ele está chorando?

- Rafa..- o chamo.

Ele se vira para mim e ver seus olhos vermelhos e seu rosto também fez meu coração quebrar.

- Vem aqui..- me coloco na ponta dos pés e o abraço forte. Ele retribui na hora ainda chorando.

- Eu..eu estraguei tudo? - perguntou.

Me afastei e o fiz me olhar nos olhos.

- Não, não! Ele que fudeu com tudo. Me ouviu? - perguntei - Você não estragou nada, apenas tentou ajudar.

- Mas...

- Mas nada, Rafael. Não se culpe pelo erros dos outros, mas aprenda com eles..- passei mão seu rosto que está bem quente.

- Obrigado.

Neguei com um fraco sorriso no meu rosto.

Rafael P.O.V

Meu corpo ainda queima de raiva, ainda não falei tudo que está entalado há todo esse tempo.

Entro no meu quarto e tiro minha roupa ficando com minha boxers. Ligo o chuveiro na água fria e fico ali. Encosto minha cabeça na parede. Seguro as lágrimas que estão gritando para serem liberadas.

Sinto os braços da Mariana a minha volta e desabo. Choro como uma criança, choro como nunca. Estou segurando essas lágrimas há oito anos e só agora me sinto confortável para deixá-las saírem. Ela me chama mas não tenho coragem de olhar para ela, não nesse estado, demoro um pouco até me virar e abraçá-la.

Seu abraço me conforta como o de ninguém nunca conseguiu.

Ela diz que eu não estraguei tudo e aquilo de alguma forma me fez me sentir mais leve. Ela me faz me sentir assim, mais leve, confiável e melhor.

Everything we shouldn't do is better |Completo|Onde histórias criam vida. Descubra agora