Mariana P.O.V
- Juízo, amores - minha tia falou enquanto nós saíamos do carro.
Andamos pelo pequeno jardim, até chegar na porta de entrada, como ela já estava aberta, entramos logo. A música estava alta, mas não ensurdecedora. Acho que estamos no hall de entrada, tinham dois sofás pequenos um de frente para o outro, havia casacos jogados em cima deles. Continuamos a entrar na casa, ouvi a voz da Dany gritar.
- Caioo - me virei e a vi abraçada com o primo do Vinícius.
- E aí, meninas? - saiu do abraço da Dany e veio falar comigo.
- Tudo bem e com você? - o abracei apertado e ele retribuiu na mesma intensidade - Estávamos com saudades, você desapareceu - me afastei e bati de leve no braço dele.
- Eu sei, foi mal. A faculdade estava me sufocando. Não tinha tempo pra nada - falou andando, indo para um canto onde me apoiei na poltrona que havia perto de mim.
- Aliviado, agora que acabou? - Dany perguntou.
- Pra caralho, vocês não tem ideia - suspirou no final - Vieram sozinhas?
- Não, com a minha tia. Ela te mandou um beijo.
- Saudades dela, qualquer dia passo na sua casa pra falar com ela - sorri concordando.
- Caio - ouvimos e vimos uma loira o chamando.
- Já volto, fiquem à vontade, viu? - ele se afastou e a Dany olhou pra mim com uma cara de surpresa mas logo começou a sorrir de uma forma esquisita.
- O que foi, garota? - perguntei rindo.
- Não olha agora, mas o hino de macho tá aqui - ela falou e o sorriso que eu tinha no rosto sumiu. Senti um nervosismo que nunca havia sentido antes.
- É brincadeira, né?
- Não. E olha, ele está lindo - sorriu - Mas não mais que o cara que está do lado dele.
- O que ele tá fazendo aqui? - passei a mão no cabelo.
- Sei lá, deve ser amigo do Caio, não sei.
- Ele tá sozinho? - perguntei olhando pro chão.
- Preocupada? - olhei para ela, que estava com um sorriso - Não, está no sofá com um cara muito gato.
- Preciso beber alguma coisa - adentrei a casa com a Dany atrás de mim, chegamos na cozinha - Pega a Sky, ali - apontei.
- Vai misturar com o que? - me entregou.
- Com o que tiver aqui - abri a geladeira. Peguei uma lata da skol beat azul, a Sky e uma Coca-Cola.
- Que merda é essa? - disse quando me viu colocar tudo dentro do copo e dar um gole. Pode parecer estranho, mas é uma delícia, super indico vocês a experimentar.
Dei um sorriso ao tirar o copo da minha boca.- Bom? - ela perguntou.
- Uma delícia, prova - estendi o copo para ela, demorou um pouco para provar mas quando finalmente deu o primeiro gole, deu uma risada - E aí?
- Isso é muito bom, cara - tomou mais um gole.
- Eu sei - falei rindo - Fica com esse. Eu faço outro para mim - peguei um outro copo e misturei as bebidas.
Ficamos conversando e observando os gatinhos que estavam lá.- Bora dançar - virou todo o copo e me puxou para a sala aonde o pessoal tava dançando. Estava tocando um funk, não sei qual é, mas a batida é super contagiante.
Joguei meu cabelo pro lado, coloquei as mãos no final das minhas coxa, no início dos meus joelhos e comecei a mexer a bunda de acordo com a batida daquela música.
Quando a música acabou, começou umas das preferidas minha e da Dany, Santinha do Léo Santana.- Eita, nossa música - Dany falou me fazendo rir e concordar.
Voltamos a dançar, senti meu corpo queimar, mas não me importei e continuei dançando com a minha amiga.[...]
- Preciso beber - falei perto do ouvido da Dany.
Saí da sala e fui pra cozinha. Estou com desejo de uma skolbeat azul, mas só achei a vermelha.
Me apoiei no balcão e abri a latinha e coloquei na boca.- Não posso permitir que uma menor consuma bebida alcoólica.
Aquela voz, a voz que me fez arrepiar na primeira vez em que a ouvi e continua fazendo até hoje. Sorri ao ouvi-lo. Me virei e lá estava ele.
Com as mãos no bolso da calça jeans azul escura, uma blusa brnca de gola v e um tênis. Resumindo, ele está gostoso. Não consegui me segurar e mordi meus lábios enquanto o analisava.- Gosta do que vê? - perguntou sorrindo olhando o próprio corpo.
- Nada demais - dei os ombros, me apoiei no balcão e voltando a ficar de costas para ele e tomei um gole da lata que está na minha mão.
Ele se aproximou e também se apoiou no balcão ao meu lado.
- Você morde os lábios com coisas nada demais?
Olhei para minha bebida e sorri e me virei para ele, a coloco a lata na boca e bebo olhando para ele.
- Quem é o seu amigo? - olhei para o sofá aonde ele está e voltei meus olhos para o Rafael, que está com uma cara horrível.
- Interessada? - perguntou baixo, deu um passo na minha direção, me olhando sério.
- Não - sorri e sua expressão relaxou - Mas, a Dany está.
- Sério? - assenti - Ele gostou dela também.
- Tá falando sério? - cruzei os braços.
- Sim. Quer que eu vá chamar ele? Enquanto você chama ela?
- Pode ser, mas antes quero te fazer uma pergunta - ele concordou com a cabeça - Ele presta?
- Você tá me perguntando se o Lucas presta?
- Não quero apresentar qualquer um pra minha amiga.
- Ele presta, sim. Ele é meu amigo, é claro que ele presta.
- E daí que que ele é seu amigo?
- Acha que eu não presto? - ele cruzou os braços e deus mais dois passos na minha direção.
- Não vou mentir, ficaria surpresa do contrário - ele elevantou uma das sobrancelhas.
- Porque?
- Olha pra você - apontei para seu corpo - Atraente, novo, deve ter todas atrás de você.
- Mesmo se eu tivesse, eu não me importaria. Estou interessado em apenas uma - passou a mão pela minha cintura e me puxou, me fazendo chocar contra seu peito. Minhas mãos foram para seus ombros e ele me apertou mais.
- Humm.. e como ela é? - olhei em seus olhos.
- Ah - suspirou - É linda, teimosa, tem um sorriso lindo e me provoca sem nem ao menos tentar.
Ele colocou uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha e foi se aproximando de mim, fiquei olhando seus olhos e aquela boca carnuda. Levei minhas mãos para sua nuca e colei nossas bocas. Mordi a boca dele e a invadi com a minha língua. Logo estávamos lutando por dominação. Suas mãos acariciavam e apertamvam minha cintura, em um momento ele a apertou de uma forma que eu soltei um gemido rápido na sua boca e eu acabei por deixar ele dominar, assim que fiz, ele sorriu durante o beijo. Não queria parar aquele beijo de jeito nenhum, mas já estava ficando sem ar. Dei um selinho e me afastei. Suas mãos continuaram na minha cintura, dificultando que eu me afastasse, apenas apoiei minha cabeça em seu peito e tentei recuperar o fôlego.
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Everything we shouldn't do is better |Completo|
Novela Juvenil- Nunca ouviu aquele ditado que diz "proibido é mais gostoso"? - Já, mas nunca pude tirar a provar para ver se o ditado está certo - cruzei os braços. - Não? Então não se preocupe que eu posso mostrar para você - se aproximou de mim - Você quer?