Capítulo 11

28.1K 1.8K 361
                                    

Mariana P.O.V

- Juízo, amores - minha tia falou enquanto nós saíamos do carro.

Andamos pelo pequeno jardim, até chegar na porta de entrada, como ela já estava aberta, entramos logo. A música estava alta, mas não ensurdecedora. Acho que estamos no hall de entrada, tinham dois sofás pequenos um de frente para o outro, havia casacos jogados em cima deles. Continuamos a entrar na casa, ouvi a voz da Dany gritar.

- Caioo - me virei e a vi abraçada com o primo do Vinícius.

- E aí, meninas? - saiu do abraço da Dany e veio falar comigo.

- Tudo bem e com você? - o abracei apertado e ele retribuiu na mesma intensidade - Estávamos com saudades, você desapareceu - me afastei e bati de leve no braço dele.

- Eu sei, foi mal. A faculdade estava me sufocando. Não tinha tempo pra nada - falou andando, indo para um canto onde me apoiei na poltrona que havia perto de mim.

- Aliviado, agora que acabou? - Dany perguntou.

- Pra caralho, vocês não tem ideia - suspirou no final - Vieram sozinhas?

- Não, com a minha tia. Ela te mandou um beijo.

- Saudades dela, qualquer dia passo na sua casa pra falar com ela - sorri concordando.

- Caio - ouvimos e vimos uma loira o chamando.

- Já volto, fiquem à vontade, viu? - ele se afastou e a Dany olhou pra mim com uma cara de surpresa mas logo começou a sorrir de uma forma esquisita.

- O que foi, garota? - perguntei rindo.

- Não olha agora, mas o hino de macho tá aqui - ela falou e o sorriso que eu tinha no rosto sumiu. Senti um nervosismo que nunca havia sentido antes.

- É brincadeira, né?

- Não. E olha, ele está lindo - sorriu - Mas não mais que o cara que está do lado dele.

- O que ele tá fazendo aqui? - passei a mão no cabelo.

- Sei lá, deve ser amigo do Caio, não sei.

- Ele tá sozinho? - perguntei olhando pro chão.

- Preocupada? - olhei para ela, que estava com um sorriso - Não, está no sofá com um cara muito gato.

- Preciso beber alguma coisa - adentrei a casa com a Dany atrás de mim, chegamos na cozinha - Pega a Sky, ali - apontei.

- Vai misturar com o que? - me entregou.

- Com o que tiver aqui - abri a geladeira. Peguei uma lata da skol beat azul, a Sky e uma Coca-Cola.

- Que merda é essa? - disse quando me viu colocar tudo dentro do copo e dar um gole. Pode parecer estranho, mas é uma delícia, super indico vocês a experimentar.
Dei um sorriso ao tirar o copo da minha boca.

- Bom? - ela perguntou.

- Uma delícia, prova - estendi o copo para ela, demorou um pouco para provar mas quando finalmente deu o primeiro gole, deu uma risada - E aí?

- Isso é muito bom, cara - tomou mais um gole.

- Eu sei - falei rindo - Fica com esse. Eu faço outro para mim - peguei um outro copo e misturei as bebidas.
Ficamos conversando e observando os gatinhos que estavam lá.

- Bora dançar - virou todo o copo e me puxou para a sala aonde o pessoal tava dançando. Estava tocando um funk, não sei qual é, mas a batida é super contagiante.

Joguei meu cabelo pro lado, coloquei as mãos no final das minhas coxa, no início dos meus joelhos e comecei a mexer a bunda de acordo com a batida daquela música.
Quando a música acabou, começou umas das preferidas minha e da Dany, Santinha do Léo Santana.

- Eita, nossa música - Dany falou me fazendo rir e concordar.
Voltamos a dançar, senti meu corpo queimar, mas não me importei e continuei dançando com a minha amiga.

[...]

- Preciso beber - falei perto do ouvido da Dany.

Saí da sala e fui pra cozinha. Estou com desejo de uma skolbeat azul, mas só achei a vermelha.
Me apoiei no balcão e abri a latinha e coloquei na boca.

- Não posso permitir que uma menor consuma bebida alcoólica.

Aquela voz, a voz que me fez arrepiar na primeira vez em que a ouvi e continua fazendo até hoje. Sorri ao ouvi-lo. Me virei e lá estava ele.
Com as mãos no bolso da calça jeans azul escura, uma blusa brnca de gola v e um tênis. Resumindo, ele está gostoso. Não consegui me segurar e mordi meus lábios enquanto o analisava.

- Gosta do que vê? - perguntou sorrindo olhando o próprio corpo.

- Nada demais - dei os ombros, me apoiei no balcão e voltando a ficar de costas para ele e tomei um gole da lata que está na minha mão.

Ele se aproximou e também se apoiou no balcão ao meu lado.

- Você morde os lábios com coisas nada demais?

Olhei para minha bebida e sorri e me virei para ele, a coloco a lata na boca e bebo olhando para ele.

- Quem é o seu amigo? - olhei para o sofá aonde ele está e voltei meus olhos para o Rafael, que está com uma cara horrível.

- Interessada? - perguntou baixo, deu um passo na minha direção, me olhando sério.

- Não - sorri e sua expressão relaxou - Mas, a Dany está.

- Sério? - assenti - Ele gostou dela também.

- Tá falando sério? - cruzei os braços.

- Sim. Quer que eu vá chamar ele? Enquanto você chama ela?

- Pode ser, mas antes quero te fazer uma pergunta - ele concordou com a cabeça - Ele presta?

- Você tá me perguntando se o Lucas presta?

- Não quero apresentar qualquer um pra minha amiga.

- Ele presta, sim. Ele é meu amigo, é claro que ele presta.

- E daí que que ele é seu amigo?

- Acha que eu não presto? - ele cruzou os braços e deus mais dois passos na minha direção.

- Não vou mentir, ficaria surpresa do contrário - ele elevantou uma das sobrancelhas.

- Porque?

- Olha pra você - apontei para seu corpo - Atraente, novo, deve ter todas atrás de você.

- Mesmo se eu tivesse, eu não me importaria. Estou interessado em apenas uma - passou a mão pela minha cintura e me puxou, me fazendo chocar contra seu peito. Minhas mãos foram para seus ombros e ele me apertou mais.

- Humm.. e como ela é? - olhei em seus olhos.

- Ah - suspirou - É linda, teimosa, tem um sorriso lindo e me provoca sem nem ao menos tentar.

Ele colocou uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha e foi se aproximando de mim, fiquei olhando seus olhos e aquela boca carnuda. Levei minhas mãos para sua nuca e colei nossas bocas. Mordi a boca dele e a invadi com a minha língua. Logo estávamos lutando por dominação. Suas mãos acariciavam e apertamvam minha cintura, em um  momento ele a apertou de uma forma que eu soltei um gemido rápido na sua boca e eu acabei por deixar ele dominar, assim que fiz, ele sorriu durante o beijo. Não queria parar aquele beijo de jeito nenhum, mas já estava ficando sem ar. Dei um selinho e me afastei. Suas mãos continuaram na minha cintura, dificultando que eu me afastasse, apenas apoiei minha cabeça em seu peito e tentei recuperar o fôlego.

➡➡➡➡➡➡➡➡

Everything we shouldn't do is better |Completo|Onde histórias criam vida. Descubra agora