A Marota (Marauders Era)

Capítulo 33

Duas semanas se passaram e hoje era dia de quadribol. Se eu estava animada? Nem um pouco. No caminho para o campo de quadribol, Lily e eu encontramos Luke que também ia pra lá. Fazia um tempo que não nos encontrávamos assim, talvez por conta das aulas ou meu mau humor frequente. Ver Sirius com Julie quase o tempo inteiro, foi pior do que eu pensei que seria.. E, de alguma forma, aquilo me irritou mais do que eu pensei. Até porque eu pensei que não ligaria, até agora eles não tinham nada. Mas ela vivia grudada nele.

— Está tudo bem, Jane? - Lilian perguntou quando eu bufei, nos sentamos na arquibancada da grifinoria.

— Sim.. Vou falar com James. - anunciei, me levantando e saindo dali.

Tentando afastar os pensamentos da minha cabeça, eu caminhei em direção ao vestiário de onde o time já saia. James me olhou e sorriu, me lançando uma piscadela quando parei a sua frente.

— As gatinhas já estão me procurando.. - ele brincou e eu revirei os olhos.

— Vim desejar boa sorte.. E não caia da vassoura. - sorri, dando um tapinha na proteção em seu peito.

— Sim, senhora! - ele levou uma mão a testa e sorriu em seguida. — Torce para que eu pegue o pomo antes do super apanhador da corvinal.

— Eu vou. - ri, recebendo um beijo na testa. — E vou levar seu melhor amigo.

Eu agarrei o braço de Remo que tinha acabado de parar ao nosso lado.

— Tchau! - eu disse, puxando um Remo risonho comigo.

Nós subimos a arquibancada e nos sentamos ao lado de Lilian e Luke. Logo os times entraram em campo, esperando que o sinal fosse dado. Quando o apito soou, os jogares subiram em suas vassouras e logo estavam no ar. O pomo de ouro foi solto, seguido de perto pelos balaços. James estava sorridente, parecia feliz por poder jogar novamente.

A goles foi lançada e o jogo começou. A torcida da grifinoria gritava e cantava a todo vapor, aumentando um pouquinho a minha dor de cabeça. Eu não prestei tanta atenção quanto no outro jogo, acompanhando James com os olhos e pedindo com todas as minhas forças pra que ele pegasse o pomo. O primeiro ponto foi pra corvinal e a torcida da casa gritou ainda mais alto, me fazendo fechar os olhos e por uma das mãos no ouvido.

— CORVINAL COM A GOLES! JONES CONSEGUE PEGAR! - o narrador dizia a plenos pulmões, parecendo muito animado. — JONES ESTÁ PERTO DO GOL E.. DEZ PONTOS PRA GRIFINORIA!

A torcida grifinoria foi a loucura e eu suspirei exasperada, voltando a olhar para James. Ele não parecia nem um pouco a fim de voar atrás do pomo porque, talvez, ele ainda não o tivesse visto.

O jogo seguiu e nós estavamos empatados com 80 pontos cada casa. Os dois apanhadores voavam atrás do pomo a toda velocidade, enquanto o resto do time ainda tentava marcar algum ponto de vantagem. Nossa torcida se decepcionou quando a carvinal marcou mais 10 pontos, ficando um pouquinho a frente.

— Vai, James.. - eu murmurei, acabando por me levantar.

Meus dedos reclamavam por eu estar os torcendo a todo momento, tentando descontar meu nervosismo. James foi em direção ao gol e, na velocidade que estava, se não parasse.. Acabaria batendo e se machucando feio. Eu tapei os olhos, recebendo um agradecimento de meus dedos que ainda doiam um pouco. Por entre eles, eu juro ter visto James bater no gol e cair, mas o murmúrio de dor pelo alheio não veio de parte alguma. Pelo contrário, as pessoas a minha volta gritaram.

Eu tirei as mãos dos olhos e olhei, vendo James sorrir com um dos braços erguidos. Sua vassoura ainda estava no ar e ele segurava o pomo de ouro entre os dedos.