Capítulo 102

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Mais uma semana se passou e eu estava cada vez mais cansada.. As coisas só pareciam piorar e eu só queria muito dormir durante um mês inteiro. Como tudo tinha passado de felicidade pelo namoro com Sirius para a profunda tristeza com a morte de minha mãe e agora para o profundo cansaço? Eu odiava toda aquela mudança.

Depois do almoço de sábado, a ordem se reuniu na sala secreta do 5° andar e eu me arrastei até lá, me sentando na primeira cadeira que eu vi. Sirius parou ao meu lado e sua mão acariciou os cabelos perto da minha nuca e eu senti meus olhos se fechando, mas os obriguei a ficarem abertos.

— Os pesadelos continuam? - o Black perguntou e eu apenas assenti. — Precisa mesmo descansar.

Eu não respondi, me sentia cansada demais para falar, ou até mesmo respirar rápido ou forte demais.

— Muito bem, pessoal, vamos lá. Nos últimos anos em Hogwarts, aprendemos sobre as maldições imperdoáveis e, não, Pedro, não vamos pratica-las. - Frank disse e o garoto baixinho ficou com as bochechas rosadas.

— Citar as artes das trevas e não citar as três maldições imperdoáveis é um pouco difícil. A defesa contra elas é muito difícil e até mesmo improvável. - Alice quem continuou e eu me lembrei dos crucios que levei.

Nenhuma saudade daqueles péssimos momentos.

— Falando em defesa.. - Alice sorriu e olhou para Frank.

— Creio que o feitiço estupore seja conhecido por muitos de vocês. Devíamos tê-lo aprendido esse ano mas o Prof. Flitwick anda meio atrasado devido aos N.I.E.M.s. - o Longbottom disse e alguns riram. — Esse feitiço serve para manter o alvo inconsciente. Pode soar como trapaça em um duelo, mas contra as artes das trevas vale muito.

— Como estupore, também temos os feitiços estupefaça para ataque, assim como incendio e flipendo. - Alice nos disse, andando de um lado para o outro.

— Essas magias são muito úteis em um duelo e são ainda mais úteis se não esperadas. - Frank comentou, passando os olhos pelos alunos na sala. — Muitos bruxos são conhecidos por terem a capacidade de realizar feitiços não verbais. E, bom, temos um entre nós.

Alguns olharam confusos para ele, inclusive eu. Sirius afastou sua mão de minha nuca e eu observei ele caminhar até Frank. O Longbottim apertou os ombros do Black e sorriu.

— Sirius aprendeu feitiços não verbais no quarto ano e é um dos melhores duelistas que eu já vi no mundo bruxo. - Frank disse e o Black deu de ombros.

Eu não sabia realmente que Sirius era bom com feitiços não verbais. Só o tinha visto duelar uma vez e estava tão nervosa que nem prestei atenção. Apenas sabia que ele era bom com feitiços. Frank continuou, dizendo que poderíamos tentar aprender feitiços não verbais, mas por hoje apenas ficaríamos na teoria. Eu agradeci mentalmente, não estava tão disposta assim hoje para treinar feitiços. Além disso, nenhum de nós parecia realmente pronto para começar hoje.

No fim da reunião, eu me arrastei para fora da sala e caminhei pelos corredores lentamente em direção a saída do castelo. Eu atravessei a ponte e desci em direção a cabana de Hagrid. Bati na porta e o cumprimentei, lhe pedindo o arco e as flechas antes de caminhar para a floresta. Eu queria fazer qualquer coisa que me distraisse e o arco e flecha seria ótimo. De alguma forma, aquilo me acalmava e me fazia sentir melhor.

Como tudo ultimamente estava dando errado, aquilo também deu. Eu não consegui acertar as flechas na árvore e isso me deixou extremamente irritada e frustrada. Eu posicionei a flecha no arco novamente e puxei, apontando para atirar quando duas mãos seguraram as minhas e eu me assustei, acabando por soltar a flecha e ela acertou de raspão na árvore, ficando presa pela pontinha. Eu suspirei frustrada, acabando por esquecer a pessoa que me surpreendeu.

A Marota (Marauders Era)Onde histórias criam vida. Descubra agora