22-O diário de uma paixão

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Luciana

7 de agosto de 2017. Acordo e vejo o amor da minha vida dormindo ao meu lado. Afasto uma mecha do seu cabelo e beijo o canto da sua boca. Ela se mexe um pouco, mas não acorda. Ultimamente Fantine estava com o sono muito pesado. Por diversas vezes eu e Kikish começávamos a brincar com ela e nada dela acordar. Era bem engraçado, na verdade. Me levanto e espreguiço. Vou até o quarto de Kikish, para acordá-la. Assim que chego, tenho que me controlar para não rir. Ela estava dormindo na mesma posição que Fantine, com os braços para o lado e as pernas quase cruzadas. Me aproximo e faço carinho no seu cabelo.

- Hora de acordar, filha. Você tem que ir pra aula. - Ela começa a se mexer e abre aqueles olhos pequenos.

- Oi, mãe. - Ela diz, com a voz rouca. - Só mais cinco minutinhos? - Ela me pergunta, fazendo manha.

- Você sabe que esses cinco minutinhos se transformam em horas, né? - Eu digo, enquanto começo a fazer cócegas nela, fazendo com que ela ria.

- Tá bom, mamãe. Já vou acordar.  - Ela se senta na cama e me dá um beijo na bochecha, me fazendo sorrir.

- Ok, então trate de ir para o banho, enquanto começo a preparar o café. Certo?

- Certo. - Ela agora se levanta e vai até o banheiro. Me dirijo à cozinha e começo a preparar o nosso café. Vai ser preciso uma garrafa de café para poder acordar a dorminhoca que estava na cama. Boto a água para esquentar e vou até onde Rocky e Branca estão dormindo. Eles acordam com o som da ração sobre o pote e começam a balançar os seus rabos.

- Oi, minhas vidas. - Faço carinho na cabeça de cada um deles, enquanto começam a comer. Me levanto e abro a porta da varanda. Estava um pouco frio, mas o sol estava presente. Coloco o pé para fora e absorvo um pouco de vitamina D, hábito que eu adquiri quando vim para cá.

Sinto alguns braços me envolverem por trás e tomo um susto. Depois vejo que é Fantine, que deposita alguns beijos no meu pescoço. - Eita. Tô tão feia assim? - Ela pergunta e agora fica ao meu lado, enquanto me observa com um sorriso.

- Isso é algo muito difícil pra você. - Eu digo, enquanto sorrio e me aproximo dela. Selo nossos lábios e susurro. - Bom dia. - Sua carinha de sono era uma graça.

- Dormi que nem uma pedra. Mas ultimamente começo a acordar quando não te vejo ao meu lado. - Ela faz cara de manha e me abraça. - Como fui me tornar tão dependente de ti?

- Sabe como é. Posso ser irresistível. - Rio baixo e acaricio o seu cabelo, enquanto estamos abraçadas.

- Ik hou zoveel van je. - Ela diz, se virando de frente para mim com um sorriso lindo.

- Apesar de soar muito sexy da forma como você fala... o que significa? - Pergunto, com um certo grau de curiosidade.

- Eu te amo tanto. - Ela diz, com um brilho no olhar . Eu sorrio ao ouvi-la e a abraço mais uma vez.

- Eu também te amo tanto. - Levo meu nariz até seu pescoço e sinto o seu perfume. Como eu amo o seu cheiro. Ouço a água fervendo e me desprendo dela. - Eita! A água! - Corro até a cozinha e apago o fogo. Começo a coar o café e Fantine se escora na bancada da mesa, enquanto me observa.

- Café. Muito bom. - Ela diz, pausadamente. - Assim eu creio que dá pra despertar.

- Realmente. - Eu digo. Kikish sai do banheiro e corre até o quarto. Fantine acaba nem percebendo e apoia a cabeça sobre a mesa. - Acho que vou colocar o café diretamente na sua veia, acho que assim fará efeito mais rápido. - Eu rio.

Eu faria tudo outra vez Onde histórias criam vida. Descubra agora