11- Diálogo

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Fantine

A casa da Lu é muito aconchegante e seus cachorros são uma graça. Após tomarmos banho, nos arrumamos para o dia que nos esperava. Karin havia avisado à Lu que tinha conseguido falar com a Aline e a Patrícia. Nosso encontro seria hoje à noite, na casa da Karin. Eu havia falado com a Aline não faz muito tempo, mas a última vez que falei na Li foi na época em que o grupo acabou. Seria bom revê-las.

Luciana aparece e me abraça por trás. Eu sorrio e acaricio suas mãos que pousavam sobre minha cintura. - Como está a minha baixinha favorita? - Pergunto, tirando graça dela.

Ela me dá um tapa nas costas e se  vira para mim. - Quem é a baixinha aqui? - Ela faz uma falsa expressão de raiva. Eu rio da cena. - E baixinha favorita? Quer dizer que você conhece outras? - Agora ela faz uma cara de ciúmes, dessa vez não estava brincando.

- Não, meu amor. É só forma de falar. - Me aproximo dela e seguro seu rosto entre minhas mãos. - Luciana Andrade com ciúmes, quem diria. - Eu a beijo de leve e me volto para olhá-la.

Ela suaviza um pouco a expressão, mas revira os olhos. - Ciúmes? Por favor. Mas não deve faltar homem e mulher atrás de ti. - Ela cruza os braços e faz bico. Eu estava me divertindo vendo ela assim, ainda não conhecia esse seu lado de uma forma tão clara assim.

- Nao importa. Eu amo você. - Descruzo seus braços, com uma certa resistência, mas depois ela cede. Agora a abraço e a beijo no topo da cabeça.

- Eu também te amo, Fan. - Ela me abraça com mais força e fecha os olhos. - Mas só pra deixar claro que não tô com ciúmes, ok?

Eu rio baixo ao ouvi-la. - Ok, meu amor. Eu adoraria ficar abraçada contigo assim durante o dia todo, mas acho que temos que almoçar, né? - Me desprendo um pouco dela para olhá-la.

- Tem razão. Saco vazio não para em pé. - Ela agora sorri. - Podemos ir num restaurante maravilhoso aqui por perto, você vai amar. - Ela acaricia meu rosto com uma mão, gesto que me deixa com uma expressão boba no rosto.

- Ok. - É só o que consigo responder. Aquela mulher me hipnotizava de um jeito...

Saímos do apartamento e vamos até o elevador. Lu me dá a mão e acabamos entrando. Ela encosta a cabeça em meu ombro, enquanto descemos, depois solta a minha mão quando já estamos no térreo. Fico um pouco chateada por conta disso... será que ela estava com medo do que os outros iriam pensar com relação à nossa relação? Não dá pra agir com carinho e na outra hora ignorar.

Percebo que estou parada na porta do elevador, em meio aos meus pensamentos. Só acordo quando ela está me chamando.

- Fanta? O que foi? - Ela se aproxima de mim, me olhando preocupada.

- Nada. - Eu respondo, tentando disfarçar. - Foi só uma tontura. Vamos? - Ela assente com a cabeça e saímos. Percorremos o trajeto em silêncio, enquanto observo as coisas ao redor. Após alguns minutos ela resolve quebrar o gelo.

- O que aconteceu? Por que você ficou estranha desse jeito? - Ela se vira para frente de mim, a ponto que eu pare e a encare nos olhos.

- Não entendo porque esconder a nossa relação. Você soltou a minha mão quando descemos. - Agora cruzo os braços e olho para baixo.

Eu faria tudo outra vez Onde histórias criam vida. Descubra agora