60- Mesmo momento

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Fantine

— Lu, anda logo! — Sentei na cama e olhei para o meu relógio. Estávamos atrasadas para ir ao aeroporto. Nossa filha estava chegando hoje, para passar 15 dias no Brasil. Não sei quem estava mais ansiosa pela vinda dela... isso que dá ter duas mães corujas.

— Fanta, não me apressa! Ainda tá no horário!

— Mas eu quero chegar com certa folga. — Respondi, ainda incomodada com o horário. Odeio chegar atrasada, um incômodo crescente parece me incomodar quando penso nisso.

— Você que é muito adiantada, amor. — Luciana apareceu no quarto, usando um short jeans de cintura alta e cropped branco sem mangas, que mostrava um pouco do seu decote maravilhoso. Tive que engolir a saliva ao presenciar essa mulher fodidamente gostosa. Ela pareceu observar minha reação e riu com isso. Maldita! Óbvio que ela sabe sobre o efeito que causa em mim.

— Lu, você está maravilhosa.

— Eu sou maravilhosa, Fanta. — Fez cara de convencida e eu ri. — Tão maravilhosa quanto você. Nós somos demais. — Se aproximou da cama e sentou sobre o meu colo, de frente para mim. O ato me pegou de surpresa e eu definitivamente gostei. Seus braços rodearam meu pescoço e ela aproximou sua boca da minha.

Fechei os olhos, já ansiando pelo contato e a puxei para mais perto de mim, colocando minhas mãos dentro de seus bolsos traseiros. Senti sua respiração contra a minha e logo estávamos no começo se um beijo calmo. Minha língua enroscou-se com a dela e gemi com o contato. Luciana tem um beijo tão gostoso, eletrizante. É muito difícil resistir à vontade de beijá-la.

Logo a senti aprofundar o beijo e foi como se meu corpo todo se acendesse. Seus lábios macios me levavam a algum lugar que eu não conseguia descrever. Mas eu me sentia totalmente entregue e certa de todo o sentimento que nos conectava em um vínculo inquebrável.

Estávamos certas de continuar, quando o telefone de minha esposa começou a tocar. Suspiramos audivelmente, chateadas com a interrupção.

Luciana logo pegou o celular e vi o vinco se formar no espaço entre suas sobrancelhas. Acariciei uma das suas mãos e fiquei atenta aos seus movimentos.

— Piti... ah, ok. Tudo bem. Tá chegando? Ok, a gente já vai descer. Certo. Ok. Tá, entendi. Não estávamos fazendo nada... — Me olhou rapidamente e eu segurei o riso. — Ok, até mais. Tchau! — Desligou e aproximou-se para me dar um selinho demorado. — Li já está chegando pra nos buscar.

— Melhor irmos, então. Mesmo que aqui estivesse tão bom, né? — Sorri de forma sugestiva e sua gargalhada logo tomou conta do ambiente.

— Você não existe. Vamos logo, então. — Tentou sair do meu colo, mas fui mais rápida e levantei com ela. Comecei a rir da sua cara de susto e antes que ela pudesse reclamar, colei nossos lábios. Como eu disse, não consigo resistir à ela. Percorri a linha da sua boca até seu pescoço. Claro que eu gostava de vê-la se arrepiar com os meus toques, ela fica um pouco mais sensível nessa região.

— Não vamos não, Luciana. — Arrastei meus dentes pela sua pele e a ouvi gemer baixinho.

— Para de jogar baixo comigo... — Sua voz saiu arrastada e pude perceber o quanto ela lutava para não cair no meu charme. Chupei seu ponto do pulso e ela quase grunhiu. — Fantine, sério!

Eu faria tudo outra vez Onde histórias criam vida. Descubra agora