48- Recomeço

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Caramba! Primeiramente quero dizer que estou muito feliz com as 20k visualizações. Muito obrigada mesmo, isso tudo é muito incrível! 💜
Em segundo lugar, vai ter momentos em que e vou demorar mais do que o esperado para postar os capítulos, mas não significa que desisti da fic, nem nada do tipo. Peço que entendam e mais uma vez obrigada!

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Fantine

Quase dois meses haviam passado desde a morte do meu pai. Luciana, Kikish, minha mãe e meu irmão foram essenciais nesse momento delicado da minha vida, principalmente a minha noiva, que sempre conseguia me trazer de volta ao mundo. Não foram poucas vezes em que eu acordava de madrugada, após uma série de pesadelos envolvendo o meu pai. Quando eu dormia, só conseguia fazer durante o dia e com Luciana me abraçando. Mas, com o tempo, resolvi dar uma chance para um recomeço.

A rotina com o Rouge continuava a todo vapor. Após muito esforço, consegui voltar à rotina de ensaios. Minhas amigas também foram fundamentais nesse processo de luto... tenho pessoas que realmente amo e sei que posso contar. O quão raro isso é hoje em dia?

Ainda havia mais dois shows do Chá Rouge, em São Paulo. Agora, que já era novembro, consegui arrumar tempo para viajar e aproveitar um pouco com a minha filha. Programei passagem para viajar hoje à noite... pois o aniversário da minha princesa será no dia 11. Luciana infelizmente não vai poder ir, pois o nosso grupo foi chamado para gravar o programa da Fernanda Souza, o Vai, Fernandinha. O grande problema é que ainda não contei que planejo viajar.

Após o ensaio, chamo a minha noiva para um canto e me sento com ela no chão.

— Lu, tô querendo ir para a Holanda hoje. Vi que tem um vôo à noite. — Sua expressão se fecha e ela me encara com um pouco de incômodo.

— E resolve me avisar só agora? — Mordo os lábios ao ver a sua expressão e coloco as minhas mãos sobre seus ombros.

— Desculpa... mas com o aniversário de Kikish eu realmente não quero ficar longe. Sei que tem a gravação com a Fernandinha, mas meu coração tá dividido...

— Só queria que você tivesse me avisado, caramba. Nós precisamos dialogar, Fanta. É importante para todo o relacionamento. — Pude ver que ela estava brava, mas eu não podia culpá-la, né?

— Me desculpa. Eu sou uma bagunça mesmo. — Desvio o olhar e coloco as mãos sobre o chão. Ouço um bufar por parte dela e sinto seu polegar e indicador sobre o meu queixo, o erguendo e fazendo com que eu a olhasse.

— Eu tô brava, mas eu amo você, com as bagunças e tudo. Só queria poder aproveitar também do aniversário da nossa filha. — Sua cara triste me deixou mal, então coloquei uma mão sobre a sua perna, em seguida acariciando-a. Ela solta um suspiro derrotado e ergue as sobrancelhas.

— Não tem como mudar a data desse programa?

— Não, Fan. A agenda da Fernandinha é bem corrida. Mas tudo bem, podemos fazer chamada de vídeo qualquer coisa. — Ela dá de ombros, mas vejo que ainda está triste.

— Me desculpa mesmo. — Me inclino para abraçá-la e ela prontamente retribui. Ficamos alguns minutos assim, até ouvir a voz da Karin.

— Lutine, sei que a "pegação" tá boa, mas hora de voltar ao ensaio. — Reviramos os olhos para a fala dela e nos levantamos.

Eu faria tudo outra vez Onde histórias criam vida. Descubra agora