6- Vermelho, a cor do amor

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Fantine

Percebo que acabei de falar demais. Já fui logo pedir pra Lu morar junto comigo? Claro que eu queria, mas estava com medo de que eu estivesse colocando muita coisa sobre os ombros dela. — Me desculpa... acho que fiz o pedido cedo demais.

— Tudo bem, Fan. Vamos viver o momento e deixar as coisas acontecerem. Pode ser? — Ela se inclina para mim, beijando o canto da minha boca.

— Ok. Sei que às vezes acabo sendo muito impulsiva. Mas é que sou muito intensa. Quando estou com alguém, é pra valer. E ainda mais quando esse alguém é você. — Baixo o olhar, não querendo perder minha linha de raciocínio, depois volto a olhá-la. — Você não tem noção do que causa em mim. Mas respeito o seu tempo, pois acredito em nós e sei que vamos lutar por esse amor.

Ela suspira ao me ouvir, tentando respirar com mais suavidade. — Fan, isso é lindo. Eu realmente não tenho palavras. A cada dia você me transforma. Claro que quero morar com você, algum dia. O que nós temos é muito especial, eu só consigo agradecer. Ter você e Christine é tudo o que eu quero. — Ela me dá um beijo demorado e encosta a sua testa na minha.

Me sinto um pouco mais calma com a sua resposta. Voltamos a nos deitar, dessa vez em formato de conchinha. A envolver em meus braços era muito bom, eu só quero poder cuidar dela, dar todo o meu melhor.

Chega dia 18 de setembro, o dia do aniversário da Lu. Me levanto da cama, cuidadosamente, sem fazer o mínimo de barulho. Preciso preparar um café especial e pensar em uma programação para hoje à noite. Olho para a cama e a observo dormir. Ela é tão linda... como eu quero tê-la comigo e não largá-la mais.

Chego até a cozinha e logo começo a preparar o café. Percebo uma Kikish sonolenta vindo do quarto.

— O que você tá fazendo, mãe? — Ela pergunta, esfregando os olhos.

— Bom dia, meu amor. Tô preparando o café da manhã, hoje é aniversário da Lu. Vamos fazer uma surpresa pra ela?

— Claro! — Minha filha sorri abertamente e logo se junta à mim.

Após terminamos de fazer o café, busco uma bandeja e nós vamos até o quarto, andando sem fazer barulho. Kikish é a primeira a se jogar na cama. Lu se mexe um pouco, mas não acorda. Começamos a cantar "parabéns pra você" e batemos palmas. Ela começa a despertar, aos poucos, abrindo um dos olhos, primeiro, depois o outro.

— Mas o que é isso? — Ela pergunta, com uma voz quase inaudível.

— Parabéns, Lu! — Kikish logo dá abraço apertado. Luciana começa a despertar e sorri.

— Obrigada, minha linda. — Lu enche minha filha de beijos. Ela agora se vira para mim. — Ah, café da manhã então? — Ela sorri, me chamando pra perto dela.

— Tinha que te acordar com estilo, né? — Me aproximo e coloco a bandeja entre suas duas pernas. — Feliz aniversário, meu amor. — Dou um beijo demorado em seus lábios.

— Ai, já sei que tô de vela. — Kikish diz, rindo. Lu acaba corando um pouco.

— Ela não fica uma graça vermelha, filha? — Pergunto, tirando sarro daquela baixinha adorável.

— Parece um tomate! — Kikish se aproxima da Lu e encosta a cabeça em seu ombro.

— Mas vocês estão muito engraçadinhas! — Ela ri e dá um beliscão em nossos braços. — Agora, vamos ao café. Acordei faminta. — O sei sorriso se ilumina e logo começamos a comer.

Eu faria tudo outra vez Onde histórias criam vida. Descubra agora