55- Grécia (parte III)

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E aí? Como vão as apostas? 🌚

——- X ——-

Luciana

— Fanta, esse lugar é lindo demais. Será que erramos de cidade ao nos casar? — Perguntei, de forma descontraída.

— Bom, qualquer coisa a gente casa de novo também. Quem nunca fez isso, né? — Sorriu de forma irônica e estendeu o braço para que eu entrelaçasse o meu braço com o dela.

Caminhávamos em direção ao restaurante, em um silêncio confortável. Eu observava o céu, perdida em pensamentos que sempre levavam à mulher ao meu lado. Engraçado como as coisas acontecem. Confio muito no propósito das coisas, eventualmente tudo se encaixa.

— Sabe, essa viagem já tá sendo inesquecível. Vamos nos esforçar para sempre planejar ainda mais aventuras?

— Mas é claro, Lu. Na verdade, tudo com você acaba virando uma aventura. É tudo tão leve quando estou com você... — Ela fez uma pausa para pararmos um pouco de andar e me olhar. Não sei o que eu tenho com relação aos olhos de Fantine, mas a forma com a qual ela me olha me quebra por inteira, mexe com o meu juízo de mulher.

— E o que mais?

— Amo ocê. — Imitou o meu sotaque, me fazendo rir. — Seu nariz enruga quando ri demais, acho tão fofo. — Apertou o mesmo e eu fiz uma falsa cara de brava.

— Mal casamos e já quer me deixar sem ar? — Balanço meu nariz de um lado para o outro.

— Prefiro te deixar sem ar de outra forma. — Ela agora olhava diretamente para a minha boca, me fazendo sentir aquele maldito frio na barriga.

— De que forma? — Disse de forma quase sussurrada e molhei os lábios, já esperando pela sua resposta.

Fantine aproximou-se e me escorou contra a parede, não se sentindo inibida pelas pessoas que passavam ao nosso redor. Logo senti o seu corpo contra o meu e o leve roçar dos seus lábios nos meus.

— Hm... eu planejo te fazer umas coisinhas nessa noite. — Mordeu o meu queixo e voltou aos meus lábios, em um atrito que me deixava sem chão. — Tô me controlando demais pra não te beijar agora mesmo, mas vai valer à pena. — Senti um aperto em minha cintura e a segurei pelo queixo, a forçando  a olhar diretamente para mim.

— Do que você está falando? — Vi um sorriso presunçoso surgir em seu rosto.

— Parece que você tem uma aposta para cumprir. — Sorriu mais abertamente, me fazendo ficar irritada com a sua cara de pau.

— É o que, Fantine? Logo agora? — Ela assentiu e eu bufei. — E onde está escrito nessa aposta que não vamos nos beijar?

— Ah, mas nós vamos... e muito. Mas só quando eu quiser. — Se afastou do meu corpo e soltei o seu queixo. Ela mexeu com o maxilar, rindo com o aperto que eu deixei. — Que os jogos comecem. — Piscou para mim, antes de voltar a andar.

— FANTINEEEE! O que diabos vai ser essa aposta?! — Comecei a ir atrás dela, em busca de explicações. Como assim essa maldita vai me deixar curiosa? Isso não se faz!

— Calma, Lu. Você vai saber, no momento certo. Vamos para o restaurante agora, sim? De repente eu fiquei com uma fome! — Não acredito que essa praga vai me deixar assim.

— Você me paga, Fantine.

— Veremos, babe.

(...)

Então estávamos no restaurante, que estava um pouco cheio, mas conseguimos uma mesa. Fantine continuava misteriosa sobre a tal aposta e confesso que já estava começando a imaginar mil coisas. Será que vou me ferrar demais nessa história?

Eu faria tudo outra vez Onde histórias criam vida. Descubra agora