65- Como se fosse a primeira vez

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Olaaar! Turubom? 💃🏻

Vamos pra mais um capítulo?
Vamos avançando no tempo? Vai ter uns flashbacks mais recentes também...

Ah! E o que estão achando dessa reta final da história? Preciso do feedback de vocês, é muito importante pra mim 💜

Reta final, 5 capítulos para o final (até rimou)

29 de maio de 2019

Fantine

Acordei com uma sensação boa, de plenitude. Senti os braços mais do que conhecidos por mim que rodeavam minha cintura. Aproveitei para observar a obra-prima à minha frente, a qual chamo de esposa.

Luciana sempre mantinha um vinco entre as sobrancelhas, quando estava dormindo. É "brava" até quando deveria estar descansando. Eu achava uma graça e me pagava rindo da sua expressão.

Tentei tirar os seus braços presos à minha cintura, mas daí começou a sessão de resmungos. Essa mulher de quarenta anos parece uma criança de nove anos, às vezes. Sempre tão manhosa, meu perfeito bebê coala.

— Ei, vida. Deixa eu sair para poder preparar um café para nós e trazer até a cama. — Pedi, disposta a convencê-la disso. Meu estômago roncava e eu precisava urgentemente de energia.

— Não.

— O que? Você recusando comida? — Ela nunca recusava. O que era isso?

— Acordei sem vontade, Fanta. Até tenho fome, mas estou sem forças. — Me virei, preocupada com ela. Coloquei a mão em sua testa e a senti um pouco febril. Droga, isso não é nada bom.

— Ei, bebê. Você tá febril, vem cá um pouco. — Me levantei e ela foi se soltando de mim, aos poucos.

— Não tô, amor. Deve ser um pequeno calor de nada.

— Não mesmo. – Semicerrei os olhos e procurei pelo termômetro que devia estar em algum lugar. Pensa, Fantine. — Lembrei que estava em um armário da sala. — Eu já volto, ok?

— Ok. — Respondeu e coçou os olhos, muito sonolenta. — Eu prometo não sair daqui. — Ri com a sua fala e fui até a sala.

Christine estava na aula e tinha que buscá-la às 13:00. Agora ainda era 10:40, tinha bastante tempo de cuidar da minha baixinha. Achei o bendito termômetro e voltei para o quarto.

Luciana havia voltado a se deitar e eu me aproximei. Ela tinha um braço encostado na testa, enquanto resmungava alguma coisa que não entendi. Tirei o seu braço para que eu sentisse a temperatura de sua testa. Quente, muito quente.

— Amor, acho que não tô muito bem...

— Jura? — Ri, mas por dentro eu estava preocupada. Peguei o termômetro e mostrei à ela. — Abra a boca, Lu. — Ela fez o que eu pedi e deixei o objeto lá, até que ele apitasse. Olhei para o visor e vi que marcava 38,8 graus.

— Pela sua cara já vi que não deve ser bom.

— Tá muito alto, amor. Toma um pouco de água. — Peguei a garrafa de metal que mantinha a temperatura da água.

— Ok. — Pegou a garrafa da minha mão e tomou um gole. Fechou a tampa com muita lentidão. Seu corpo está bem fraco e ela precisa se cuidados.

— Levante-se. Você tem que tomar um banho frio.

— Fan, mas já tá bem frio! — Resmungou outra vez, mantendo aquele bico enorme nos lábios.

– Não é o que o seu corpo tá mostrando. Vamos, meu amor. Eu te ajudo. — Estendi a mão à ela e ela negou com a cabeça. — Lu...

Eu faria tudo outra vez Onde histórias criam vida. Descubra agora