Nunca fui um cara muito religioso. Frequentava a igreja com meus pais quando eles eram vivos as vezes, eles, assim como a maioria da população americana são protestantes, porém religião nunca foi uma grande crença. Porém depois de passar pelo que eu passei nos últimos meses era impossível não acreditar em Deus e em um força maior, e essa força maior, havia me dado uma segunda chance na vida, uma chance de voltar para os braços da mulher que eu amo e de poder segurar nos meus braços meu filho amado.
Estar em coma como eu estive e em situação crítica e quase irreversível como os médicos atestaram e ainda sair sem nenhuma sequela era um milagre, e os médicos até agora não tinham explicação para o fato de eu ter escutado ela e ter sentido o meu filho o que me fez desesperadamente querer acordar e lutar pela vida... Mais milagre do que isso era impossível. Portanto acho que voltei um homem mudado de Bagdá, voltei um homem de fé, por assim dizer e essa era a razão de estar hoje aqui saindo de uma igreja depois de uma longa conversa com um padre.
O que eu estou fazendo conversando com um padre? Bom, no dia que Jose Martins nos convidou para o fim de ano em sua casa em Porto Rico uma ideia passou pela minha cabeça: Eu queria começar o ano com o pé direito e com a nossa união oficializada, nosso casamento era para ter acontecido em Agosto com centenas de convidados mas minha situação aconteceu e tudo foi cancelado e o nosso tão sonhado dia foi por água abaixo e acreditava que data melhor que o início do ano não havia
O dia que ela disse sim ao meu pedido de casamento foi um dos mais felizes da minha vida e queria agilizar isso o quanto antes porém respeitei o tempo dela, e quando a vi no Egito toquei no assunto novamente e ela concordou, mas infelizmente as coisas não saíram como nós havíamos sonhado ou planejado. Tive uma longa conversa com José e familiares sem ela saber e expliquei que queria oficializar nossa união após a virada do ano dia 01 ou dia 02 de Janeiro estaríamos em Porto Rico e pedi permissão para que acontecesse na Praia e na casa de José, que ficou felicíssimo com a ideia. Nosso plano inicial, meu e dela sempre foi Napa, porque tinha uma significado para meus pais, porém acredito do fundo do meu coração que onde quer que acontecesse eles estariam felizes por demais com a minha felicidade então começamos a desenhar o plano.
Era um plano arriscado e era para ser surpresa, eu queria fazer isso por nós, mas queria que fosse magico para ela, Bia queria um casamento com festa, amigos e familiares reunidos, bom não seriam os quase 400 convidados de antes, mas as pessoas realmente importantes para nós todas toparam vir e estar presentes, seria um casamento intimo para os mais próximos, a dificuldade era manter tudo em segredo para ela e organizar tudo, porém fui muito bem assessorado por toda a família e os nossos amigos para que tudo fosse exatamente como ela sonhou e havia planejado, minha mulher merecia o mundo depois de tudo que ela passou. A maneira como ela lidou com tudo, me deixa impressionado até hj, o stress, a pressão, o sofrimento e mesmo assim ela continuou firme, forte e acreditando, essa de certa maneira era o meu jeito de dizer te amo, quero vc ao meu lado pro resto das nossas vidas e obrigado por não ter desistido nunca de nós e bom isso ia ser feito em grande estilo com o nosso casamento surpresa.
A data escolhida foi 03/01 seria mais tranquilo para nossos convidados de fora conseguirem chegar a Porto Rico, nos dias seguintes a nossa chegada a ilha curtimos muito cada minuto juntos, em família e com nossos amigos, porém por diversas vezes nosso grupo se separou intencionalmente fazendo passeios ou coisas diferentes da dela para que eu pudesse resolver detalhes finais, como hoje que vim a igreja conversar com o Padre que fará nosso casamento, a cerimônia religiosa será católica, pq sei que essa foi a religião na qual ela foi criada e a qual frequentava com sua mãe , avó e familiares no Brasil, mas não seria em uma igreja e sim na praia, com o oceano de testemunha, o mar tinha significado gigantesco na minha vida afinal eu era um SEAL da Marinha americana e que melhor lugar para um SEAL dizer sim do que de frente ao mar.
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E se ? (EM REVISÃO)
RomanceE Se ? (Em revisão) Bia é uma mulher de 23 anos , bem sucedida e que ama o seu trabalho como gerente de marketing de uma empresa de publicidade no Rio de Janeiro. Depois de anos sem férias e completamente focada em seu crescimento profissional , B...