No rules {1}

Capítulo 34

[Cameron Dallas]

Me junto ao Taylor e ele logo me encara. Desvio o olhar e começo a modelagem. Parece que tem algo me impedindo de fazer aquela escultura. Porque sempre que eu vou ajeitar algo, eu pioro mais ainda. Taylor percebe que eu estou com “dificuldade" em fazer o trabalho e vem falar comigo.  

— Tá tudo bem aí? — ele diz.

—Não te interessa. — falo curto e grosso. Ele levanta as mãos em rendição, e volta a modelar.

E mesmo que eu já esperasse, a dificuldade em fazer o trabalho aumenta. Bufo de raiva e tento me controlar. Respiro fundo, encaro o teto e volto a fazer o que estava fazendo.

E, por fim, está começando a ir tudo certo. Mas… por um deslize, acaba que eu derrubo a argila na mesa, fazendo toda a escultura de Taylor desaparecer.

— Olha, deixa que eu te ajudo. — ele se aproxima.

— Não! Fica longe. — falo.

— Eu estou vendo que você precisa de ajuda. Deixa eu te dar uma mãozinha, cara. — ele fala.

— Já tenho duas, não preciso de mais uma.

— Não é esse tipo de mãozinha. — ele fala.

— Nossa! Sério? Legal. — ironizo. Ele revira os olhos e respira fundo.

— Porque está estranho? Eu percebi a cara que você me olhou quando eu fui ver como a Katherine estava. — ele diz. — O que eu te fiz? An?

— Não foi o que você me fez. E sim o que você fez à… — antes de eu terminar de falar, ouço a voz de Aaliyah atrás de mim.

— Cameron…

— Oi. — me viro e a olho.

— Eu quero… te mostrar algo. — Aaliyah fala e eu a sigo. Mas antes, olho para Taylor, com raiva.

Sigo Aaliyah até um canto da sala.

— Escuta aqui… não fale sobre o que pode ter acontecido no banheiro do skateboard. Você não acha que se ele souber, ele vai até a Katherine, fazer algo com ela? Por que a primeira coisa que ele vai pensar, é que ela contou alguma coisa. — ela diz.

— Eu não pensei nisso. — digo.

— Pois é. Não fale nada pra ele. Vamos esperar o momento da Katherine. — Aaliyah diz.

— E eu tenho certeza que se eu disser, ele irá inventar algo para o Shawn. Já que ele preza pela a amizade dele. — falo.

— Isso também. Então, por favor, não fale nada. — ela fala.

— Ok. Mas… como você sabia que eu estava falando disso?

— Eu passei por você para pegar outra luva e ouvi um breve trecho da conversa de vocês. — diz.

— Tá. Eu não vou falar nada. Mas quando a Katherine falar, e com base no relato dela ele tiver feito algo, não me segure.

— Você pode ficar a vontade, quanto a isso. — ela fala.

— Que bom. Mas se você quiser se juntar para dar uma lição nele, pode… — alguém nos interrompe.

— Ei! O que estão fazendo aí? — o professor nos encara, mas logo sua feição muda. — Hm... — a turma toda nos olha e com certeza Aaliyah cora. Voltamos para nossas mesas e Taylor me encara.

— Tá de olho na irmã do Shawn?

— Primeiramente: o nome dela é Aaliyah. Segundamente: não, não estou de olho nela. Terceiramente: isso não te interessa, não sei nem por que eu te respondi. — falo.

— Ei! Dá pra parar com isso? Me explica o que você ia terminar. O que eu fiz? — insiste.

— Cara, você sabe seus atos. Não preciso dizer nada. Agora, se me deixar terminar sua careta no barro, eu agradeceria.

Ele volta a fazer e eu vou fazendo o meu. O encaro por ser obrigado mesmo. Se não, eu não iria conseguir fazer a escultura. Por um momento, acho que esse trabalho será bom. Bem, o trabalho em si é uma ótima maneira de aprendizagem. Mas, a dupla com quem eu estou realizando a mesma, não é nada boa. Ou seja, há um meio termo. Como eu tive um pouco de dificuldade no começo, demoro para finalizar o trabalho.

— Bom, meninos, vamos ver como ficou o trabalho de vocês… — o professor olha primeiro o de Taylor. Realmente, se parece comigo, só que em uma versão atropelada minha. Não, brincadeira. Parece, sim.

O professor fica vendo o trabalho que ele fez e apresentando as semelhanças.

— Adorei o seu trabalho, Sr. Clarke. Está bem real. Só o nariz que ficou um pouco alto demais. Fora isso, parabéns! Sinal que prestou atenção em minhas aulas. — o professor elogia.

— Obrigado, professor! — Taylor sorri. O professor dá a volta na mesa e olha meu trabalho. Ele arregala os olhos e eu sorrio convencido da obra de arte que ficou meu trabalho.

— O que foi que você fez com esse trabalho? Isso era pra ser o Taylor? — ele mantém-se com os olhos arregalados e eu rio discretamente.