[Aaliyah Mendes]
Após preparar meu ovos com fritas, ponho em um prato e vou até a geladeira, pegando o refrigerante. Ao chegar no armário, pego um copo. Ponho uma quantidade necessária de refrigerante no copo. Me viro e tomo um susto ao ver Cameron apoiado no balcão.
— Vai assustar outra, idiota! — digo, com a mão no peito.
— Nossa, sou tão feio assim? — indaga ofendido.
— Não imagina o quanto… — falo.
— Eu também quero. — diz, se referindo ao meu ovo com fritas.
— Mas eu não vou dar. — falo, me sentando.
— Por que não? — indaga.
— Porque eu não quero. — falo o óbvio.
— Você já foi mais legal. — ele fala, se apoiando no balcão.
— E você já foi menos idiota. — falo.
— Doeu! — diz, pondo a mão no peito, fingindo dor.
Coloco uma quantidade necessária na boca, sentindo o olhar de Cameron em mim.
— O que tá olhando? — indago.
Ele não responde, apenas dá um sorriso cafajeste e eu reviro os olhos. Continuo a comer. Percebo que Cameron anda pela a cozinha, e eu vou até a geladeira novamente, para pegar mais refrigerante. Quando volto, afim de sentar-me na banqueta novamente, vejo Cameron mastigando algo, enquanto tinha um garfo em sua mão. Olho para a minha comida e está faltando pedaços, além do que eu comi.
— Eu não acredito nisso! — sussurro, tentando colocar em minha mente que aquilo não era real.
— Tá gostoso. Podia ir para o master... — antes de ele terminar, dou um tapa em seu braço. Tenho certeza que ele não sentiu nada. Aliás, ele segura meu pulso para impedir que o agredisse mais ainda. Bufo e ficamos nos encarando. Ele com um sorriso cafajeste, e eu com uma carranca estampada em meu rosto.
— Por que comeu a minha comida? — indago.
— Você não quis dar. Tive que arrumar um jeito. — ele diz, ainda com meus pulsos presos a suas mãos.
— Mas eu disse não! Faz o seu e come, ué.
— Se eu soubesse fazer, eu faria, amor. — ele diz irônico, pondo a ponta de seu dedo indicador em meu queixo e deslizando, ainda com seu sorriso convencido.
Um arrepio percorre meu corpo com o seu toque e, aproveitando sua distração, apenas solto meus braços de seu quase aperto. Ele faz cócegas em mim e eu bato em seu braço, novamente, rindo.
Na tentativa de fazer com que ele parasse de fazer cócegas em mim, tento o empurrar. Mas é falho. Dou pequenos tapas em seu tronco e ele segura novamente meus braços.
Nesse momento, ficamos apenas encarando um ao outro. É como se não conseguíssemos quebrar esse contato visual. Essa situação está sendo tão estranha, tanto para mim, quanto para ele. Nunca estivemos tão próximos e isso com certeza é estranho.
Então, quando eu menos espero, Cameron sela nossos lábios, fazendo com que toda a força que eu tinha naquele momento tivesse acabado. Coisa que eu não entendi. Não retribuo e continuo dando tapas nele, tentando me soltar. Mas, a medida que eu estou querendo ceder, meus tapas vão diminuindo a velocidade e ali eu já estou entregue ao beijo. Cameron põe suas mãos em meus pescoço, segurando com seu polegar o meu maxilar. Há sincronia e nossos corpos se aproximam mais a medida em que eu ponho meus braços em volta de sua cintura. Após a falta de ar, nos separamos. Colamos nossas testas, apenas ouvindo o barulho da nossa respiração ofegante.
VOCÊ ESTÁ LENDO
No rules {1}
Teen FictionKatherine Parker nunca imaginou que em apenas meio ano muita coisa mudaria. Não só suas amizades, mas também sua vida amorosa. Shawn, irmão de sua melhor amiga, estava de volta em sua cidade natal, e isso resultaria em mais mudanças do que esperavam...