Capítulo 65

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[Aaliyah Mendes]

Após preparar meu ovos com fritas, ponho em um prato e vou até a geladeira, pegando o refrigerante. Ao chegar no armário, pego um copo. Ponho uma quantidade necessária de refrigerante no copo. Me viro e tomo um susto ao ver Cameron apoiado no balcão.

— Vai assustar outra, idiota! — digo, com a mão no peito.

— Nossa, sou tão feio assim? — indaga ofendido.

— Não imagina o quanto… — falo.

— Eu também quero. — diz, se referindo ao meu ovo com fritas.

— Mas eu não vou dar. — falo, me sentando.

— Por que não? — indaga.

— Porque eu não quero. — falo o óbvio.

— Você já foi mais legal. — ele fala, se apoiando no balcão.

— E você já foi menos idiota. — falo.

— Doeu! — diz, pondo a mão no peito, fingindo dor.

Coloco uma quantidade necessária na boca, sentindo o olhar de Cameron em mim.

— O que tá olhando? — indago.

Ele não responde, apenas dá um sorriso cafajeste e eu reviro os olhos. Continuo a comer. Percebo que Cameron anda pela a cozinha, e eu vou até a geladeira novamente, para pegar mais refrigerante. Quando volto, afim de sentar-me na banqueta novamente, vejo Cameron mastigando algo, enquanto tinha um garfo em sua mão. Olho para a minha comida e está faltando pedaços, além do que eu comi.

— Eu não acredito nisso! — sussurro, tentando colocar em minha mente que aquilo não era real.

— Tá gostoso. Podia ir para o master... — antes de ele terminar, dou um tapa em seu braço. Tenho certeza que ele não sentiu nada. Aliás, ele segura meu pulso para impedir que o agredisse mais ainda. Bufo e ficamos nos encarando. Ele com um sorriso cafajeste, e eu com uma carranca estampada em meu rosto.

— Por que comeu a minha comida? — indago.

— Você não quis dar. Tive que arrumar um jeito. — ele diz, ainda com meus pulsos presos a suas mãos.

— Mas eu disse não! Faz o seu e come, ué.

— Se eu soubesse fazer, eu faria, amor. — ele diz irônico, pondo a ponta de seu dedo indicador em meu queixo e deslizando, ainda com seu sorriso convencido.

Um arrepio percorre meu corpo com o seu toque e, aproveitando sua distração, apenas solto meus braços de seu quase aperto. Ele faz cócegas em mim e eu bato em seu braço, novamente, rindo.

Na tentativa de fazer com que ele parasse de fazer cócegas em mim, tento o empurrar. Mas é falho. Dou pequenos tapas em seu tronco e ele segura novamente meus braços.

Nesse momento, ficamos apenas encarando um ao outro. É como se não conseguíssemos quebrar esse contato visual. Essa situação está sendo tão estranha, tanto para mim, quanto para ele. Nunca estivemos tão próximos e isso com certeza é estranho.
Então, quando eu menos espero, Cameron sela nossos lábios, fazendo com que toda a força que eu tinha naquele momento tivesse acabado. Coisa que eu não entendi. Não retribuo e continuo dando tapas nele, tentando me soltar. Mas, a medida que eu estou querendo ceder, meus tapas vão diminuindo a velocidade e ali eu já estou entregue ao beijo. Cameron põe suas mãos em meus pescoço, segurando com seu polegar o meu maxilar. Há sincronia e nossos corpos se aproximam mais a medida em que eu ponho meus braços em volta de sua cintura. Após a falta de ar, nos separamos. Colamos nossas testas, apenas ouvindo o barulho da nossa respiração ofegante.

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