CAPÍTULO 29

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Capítulo 29 👢

|Katherine narrando|

Luan me deixou em casa e combinou de me buscar às seis horas em ponto. Só Deus sabe o tamanho da minha ansiedade e do meu nervosismo. Eu estava ansiosa, porque ia conseguir ver as estrelas de um lugar incrível e nervosa porque eu estaria sozinha no meio do nada com um cara que me tratou mal algumas vezes.
— Luan vai me levar pra ver as estrelas no final da vila, posso ir? — Me encostei na porta da cozinha e meu pai me olhou.
— Claro que pode, Katy! — Respondeu, dando de ombros.
— Está bem. — Suspirei e ficamos em silêncio.
— Tá com medo dele fazer alguma coisa que você não queira? — Me olhou e eu mantive o silêncio. — Luan não é assim, Katy! Já disse que conheço esse rapaz e apesar da grosseria, ele é uma boa pessoa.
— Então posso ir sem medo? — Gesticulei com as mãos.
— Pode! — Balançou a cabeça positivamente. — Inclusive, você já está pronta! — Cruzou os braços.
— É, eu me arrumei já! — Dei de ombros.
— Leva um cobertor, porque faz frio, ainda mais em lugar aberto! — Falou e eu assenti, voltando para o meu quarto.
Procurei um cobertor mais quente, dobrei e coloquei dentro de uma mochila que eu estava levando. Escutei a buzina da camionete e meu pai me chamou, respirei fundo e saí, apressada do quarto.
— Bom passeio, filha! — Meu pai disse assim que abri a porta da sala.
— Obrigada, pai! Logo estou de volta. — Acenei e ele acenou de volta.
Era incrível o clima nesse lugar. De dia fazia um calor horrível e de noite, o frio era pior ainda. Abri a porta da camionete e entrei depressa.
— Que frio! — Me encolhi no banco e Luan, riu negando com a cabeça.
— Você é muito fresca! — Luan virou o volante e eu arqueei uma sobrancelha.
— Eu sou fresca e você quem usa uma jaqueta de couro pesada? — Apontei para sua jaqueta e ele deu de ombros.
O lugar pra onde íamos era na direção da fazenda de Luan. Andamos bastante, passamos por várias fazendas e eu já conseguia ver a lua enorme aparecendo no horizonte. Era a coisa mais linda! Ela era linda em Nova Iorque, mas aqui no Texas ela é perfeita, nem se compara com a lua nova-iorquina.
Luan parou a camionete de uma maneira que pudéssemos ver a lua frente a frente. Deixou o farol ligado no baixo e nós descemos. Ele abriu a carroceria da camionete e me ajudou a subir.
— Eu dormiria facilmente nesse colchão improvisado. — Me sentei sobre a enorme espuma e Luan se sentou ao meu lado.
— Prefiro minha cama! — Respondeu e eu revirei os olhos.
— Você é fresco. — Peguei minha câmera fotográfica e ajeitei na direção da lua. — Isso é muito lindo, Luan. Obrigada por me trazer aqui!

...

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