CAPÍTULO 170

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Capítulo 170 👢

|Katherine narrando|

Quase três meses depois.
Em nove meses minha vida mudou radicalmente. Fiquei grávida e me mudei da casa do meu pai, agora moro em uma fazenda enorme ao lado do Luan. Estou entrando na reta final da gravidez, fico o dia inteiro dentro de casa, fazendo repouso e tomando os cuidados necessários. Dona Graice tem sido uma mãezona pra mim, me ajuda, me aconselha e fica comigo quando Luan precisa sair. Florence também está sempre ao meu lado, cuidando de mim e me dando inúmeros conselhos.
Meu pai é um vovô babão, todo dia ele vem me ver e conversa com minha barriga. Quando o bebê chutou sua mão na minha barriga, ele chorou feito criança.
— Eu engordei. — Parei em frente ao espelho e passei a mão na barriga. — Mas essa é a curva mais linda do meu corpo! — Sorri de lado e senti o bebê chutar minha mão. — João Miguel, a mamãe te ama mais que a si mesma. — Sussurrei e ele chutou outra vez minha mão. — Promete pra mamãe que não vai gostar de rodeio como seu pai? — Suspirei. — Não quero ficar com o coração aflito te vendo montar em um touro, já basta seu pai que quase me matou do coração. — Passei a mão na barriga e dessa vez não obtive resposta. — Vou entender esse seu silêncio como um “sim, mamãe, prometo não gostar de rodeio”. — Falei baixinho e Luan entrou no nosso quarto, fechando a porta devagar.
— Eu entendi a resposta dele como um “não, eu prometo ser teimoso feito o meu papai.” — Luan disse e eu ri, revirando os olhos.
— Ele chutou! — Falei e nós rimos.
— Viu? Ele me deu razão! — Me abraçou por trás e beijou meu rosto.
— Veremos então! — Levantei os ombros e Luan levou as mãos na minha barriga.
— Nesse exato momento eu seguro meu mundo inteiro, você e nosso filho. — Encostou o queixo no meu ombro e eu sorri, levando minhas mãos sobre as suas.
— Pode ter certeza que eu e nosso filho sente todo seu amor. — Respondi, fazendo carinho em sua mão. — E que todo esse amor tem reciprocidade, porque nós te amamos muito!
— Não vejo a hora de nos casarmos e dar meu sobrenome a você. — Me soltou devagar e deu um beijo no meu pescoço. — Pra você ser oficialmente minha mulher! — Enfiou a mão no bolso da calça e veio para a minha frente. — Pensei em fazer aquele pedido de casamento impressionante, mas nosso amor é simples, sem cerimônias, só é nosso amor. — Se ajoelhou na minha frente e abriu a caixinha. — Casa comigo! Não é um pedido, é uma ordem. — Piscou pra mim e nós rimos.
— Confirmando sua ordem, eu caso com você, caso mil vezes se preciso for! — Falei e ele levantou de imediato, me dando um beijo demorado.
— Eu me casaria com você oito vezes. — Segurou minha mão e colocou o anel.
— Oito vezes? — Franzi o cenho e ele sorriu, segurando minha mão.
— Oito é meu número favorito. — Me olhou. — E se você deitar o número oito, ele vira o símbolo do infinito, ou seja, eu me casaria com você infinitas vezes, porque você é a mulher da minha vida!

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OITO VEZES VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora