CAPÍTULO 160

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Capítulo 160 👢

|Katherine narrando|

Pedi a ajuda de Florence e ela não mediu esforços pra isso. Comprou minha passagem pela internet e me ajudou a arrumar minhas malas. Eu iria embora de uma vez por todas.
— Eu queria ir com você, mas moro do outro lado da cidade, não tem nem como eu pegar minhas coisas e ir junto. — Florence disse, trazendo minha outra mala pra sala.
— Tudo bem, tá? Eu vou chegar sã e salva, estou tentando manter a calma! — Murmurei e ela assentiu, me abraçando.
— Vai dar tudo certo, Katy! — Me soltou devagar e eu sorri.
Escutei a porta ser aberta e minha mãe entrou, me lançando um olhar confuso.
— Onde você pensa que vai? — Apontou para as minhas malas.
— Embora e se você tentar me impedir, eu ligo pra polícia e te acusco de me manter em cárcere privado. — Cruzei os braços.
— Você não...
— EU.VOU.EMBORA.SIM! — Gritei e ela me encarou, assustada.— O Luan precisa de mim e eu preciso dele, está decidido, eu vou embora e acabou! Problema seu se você achar ruim, quero mais é que se foda, escutou? Vou atrás das pessoas que realmente me amam!
— Eu não te criei pra você ir parar em um fim de mundo, Katherine! — Apontou o dedo na minha direção.
— Me dá a porcaria do meu celular. — Estendi a mão e ela riu, revirando os olhos. — AGORA! — Gritei.
— EU NÃO VOU DAR CELULAR ALGUM!
— Pode usar o meu pra ligar pra polícia então, Katy. — Florence me entregou o celular dela e minha mãe a olhou boquiaberta.
— Aproveita e sai daqui com a Katherine também. — Minha mãe arrancou o celular da bolsa e me entregou. — Vai embora mesmo e espero que não se arrependa!
— Eu me arrependo de ter confiado em você e vir parar aqui. — Peguei meu celular e coloquei na minha bolsa.
Eu e Florence saímos juntas e ela me ajudou com as malas. Eu tinha meia hora pra chegar no aeroporto e seguir viagem para Las Vegas. Chamamos um táxi e Florence fez questão de me acompanhar até o aeroporto.
Florence, apesar do nome francês, era americana. Ela nasceu em San Francisco, mas veio para a França estudar, começou a trabalhar como empregada doméstica e junta dinheiro pra voltar para os Estados Unidos.
— Quando eu chegar nos Estados Unidos, vou pedir para o meu pai te enviar o restante do dinheiro que precisa pra você voltar. — Falei enquanto caminhávamos para a sala de embarque.
— Katy, não precisa se incomodar com isso, sério. — Respondeu e eu neguei com a cabeça.
— Você vai voltar para os Estados Unidos e exercer sua profissão de pedagoga! Uma professora brilhante merece reconhecimento. — Falei e ela sorriu. — Vou pedir para o meu pai te enviar a quantia necessária, ele vai ser eternamente grato a você por ter me ajudado!

...

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