CAPÍTULO 60

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Capítulo 60 👢

|Katherine narrando|

Acordei com meu pai batendo na porta e me chamando. Me mexi rapidamente na cama e percebi que Luan não estava mais ali. Respirei aliviada. Acho que meu pai não ía gostar de saber que Luan dormiu escondido comigo.
— Já vai! — Arrumei meu pijama e abri a porta do quarto.
— Katy, pra que dormir com a porta trancada? — Franziu o cenho.
— Nem sei porque tranquei, eu só ía fechar e tranquei sem ver, devia ser meu sono. — Menti e ele negou com a cabeça.
— Fui na cidade e comprei um café da manhã bem nova-iorquino pra você. — Me entregou um copo de café expresso e um pacote com donuts.
— Que coisa maravilhosa! — Abri o pacote e ele riu, negando com a cabeça.
— Não deixa pra comer mais tarde, depois você não almoça! — Bagunçou meu cabelo e saiu para o corredor.

(...)

Liguei para o Luan várias vezes e em nenhuma ligação ele me atendeu.
— Luan se meteu em briga com Jack! — Meu pai apareceu na sala e eu o encarei, boquiaberta.
— Tem... tem certeza?? — Me levantei do sofá e ele concordou com a cabeça.
— Graice me ligou e disse que Luan acertou dois socos no Jack.
— Meu Deus, e onde está o Luan agora? — Coloquei meu casaco e abri a porta.
— Na casa del...
— Me leva lá? — Pedi e ele assentiu, pegando a chave do carro no chaveiro.
Espero que o motivo dessa briga não tenha sido por minha culpa. Não quero Luan se metendo em confusão com um cara idiota feito Jack.
Chegamos na fazenda e eu desci apressada do carro. Acredito que Luan tenha se machucado também.
— Ele está trancado dentro do quarto, emburrado. — Graice apontou na direção dos quartos e eu revirei os olhos.
Caminhei apressada até a porta do seu quarto e bati várias vezes.
— Abre a porta pra mim. — Pedi, mexendo na maçaneta. Obtive o silêncio como resposta, mas quando fui bater novamente, escutei o barulho da chave.
— Eu estou bem, Katy. — Luan murmurou e eu fui abrindo a porta.
— Meu Deus, ele te machucou! — Levei as mãos na direção do seu rosto. — Você colocou gelo? Passou remédio? Vai ficar roxo! — Entrei, fechando a porta.
— Não, mas já está melhorando. — Coçou a cabeça e eu neguei, puxando ele até a cama e o coloquei sentado.
— Eu vou cuidar disso aí, preciso da caixa de primeiros socorros de novo e de algodão e gelo também. — Gesticulei com as mãos.
— Só um abraço seu já resolve, Katy!

...

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