CAPÍTULO 83

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Capítulo 83 👢

|Katherine narrando|

Meu pai e Luan ficaram um bom tempo conversando. Mas não dissemos nada sobre nossa noite. Acho que era desconfortável falar isso entre nós três, meu pai vai descobrir quando eu pedir a ele pra me levar até uma farmácia e comprar a pílula do dia seguinte.
— E essa cara de tacho? Alguma coisa você fez. — Meu pai semicerrou os olhos na minha direção e eu escutei a camionete de Luan saindo.
Finalmente eu estava a sós com meu pai.
— É... eu fiz... — Forcei um sorriso.
— O quê? — Gesticulou com as mãos pra que eu continuasse.
Seria bem mais fácil falar pra minha mãe que perdi a virgindade.
— É... bem... eu...
— Posso tentar advinhar? — Você perdeu a virgindade, Katy! Sua cara e esse chupão no seu pescoço já denunciam tudo. — Levantou os ombros.
— TEM UM CHUPÃO NO MEU PESCOÇO? — Me levantei depressa. Corri pra frente do espelho e realmente havia um chupão no meu pescoço. Luan precisava deixar evidente que a noite foi muito mais do que um jantar. — Certo, eu fui pra cama com Luan!
— Vocês são jovens, sabia que ia acontecer uma hora ou outra, apesar de lá no fundo, minha vontade seja de socar a cara do Luan!
— Você vai querer socar a minha cara e a dele ao mesmo tempo quando souber que não usamos camisinha. — Falei tudo rápido e ele arregalou os olhos, dando um passo na minha direção.
— Repete, Katherine Evans!
— A gente não usou proteção. — Falei mais devagar e vi seu rosto ficar vermelho. Ótimo, lá vem a ladainha!
— VOCÊS PERDERAM O JUÍZO? — Colocou dedo na minha cabeça. — Katherine, sabe quanto custa criar um BEBÊ? — Gesticulou rápido com as mãos e eu não sabia se ria ou se chorava.— Uma camisinha sai menos de cinco dólares, um pacote de fraldas sai mais de trinta dólares, faça as contas, Katherine Evans! Além do leite, das roupinhas, remédios, hospital, quarto, meu Deus.
— Pai, eu só preciso que me leve até a farmácia pra que eu possa tomar a pílula do dia seguinte. — Esbravejei.
— Shhh... Você não está no direito de bancar a brutinha pra cima de mim! — Balançou a cabeça em negação. — Vamos agora na farmácia e você está de castigo!

...

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