CAPÍTULO 10

1.1K 52 1
                                    

Capítulo 10 👢

|Luan narrando|

Pra piorar minha situação, o perfume daquela madame estava nas minhas roupas e parecia não sair por nada.
Tirei minha camisa, meus sapatos e me joguei na cama. Fechei os olhos e a primeira coisa que me veio a mente foi aquela boca pequena, avermelhada e tão próxima da minha. Por que será que a mimada não quis nada comigo? Já peguei tanta garota assim!

(...)

Acordei bem cedo no outro dia, eu precisava arrumar uma porta estragada no celeiro e depois tinha que ir pra mais um treino. Nunca é demais treinar! Ainda mais quando você vai, consegue umas garotas e as levam pra cama, sem compromisso, apenas por diversão.
— Quer ajuda no celeiro? — Minha mãe perguntou e eu neguei, tomando o último gole de café.
— Não precisa, eu sei me virar! — Levantei da mesa e fui saindo da cozinha.
Minha mãe só cuidava da casa, ela era professora aposentada e desde então sua ocupação favorita era fazer bolo pra vender, doces também. Ela não fazia porque precisávamos de dinheiro, ela fazia porque gostava e a distraía. Desde que meu pai morreu, ela se afundou em uma depressão, mas foi seu amor pela culinária que mudou tudo isso. Então dou meu total apoio, cuido dela e até entrego algumas de suas encomendas.
— A noite faz frio, de dia faz calor! — Arranquei minha camisa e joguei no chão.
Voltei a consertar a porta e por um descuido acabei batendo minha mão.
— DROGA! — Apertei minha mão na minha perna e fechei os olhos com força. Tinha que ser justamente a mão que eu segurava a porcaria da corda na hora de montar?
Mesmo com a mão machucada, consegui arrumar a porta. Espero que até a hora do treino, minha mão tenha melhorado, na verdade, mesmo que ela esteja doendo, eu vou montar. Não vou me entregar por uma dorzinha qualquer.
— Arrumou? — Minha perguntou e eu assenti, guardando a caixa de ferramentas no canto da cozinha.
— Mas machuquei a mão que seguro a corda na hora de montar! — Falei e ela me olhou, assustada.
— Então você não vai montar hoje!
— Lógico que vou. — Franzi o cenho. — Só está doendo, mas consigo segurar a corda!

...

OITO VEZES VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora