Capítulo 30: Invasão Noturna

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Daisy bufou enquanto caminhava cuidadosamente pelo corredor que dava acesso ao gabinete de Alistair Fitz. Jemma ia à sua frente, uma vez que conhecia aquele caminho melhor do que a inumana. Estava muito escuro e ambas tinham de andar vagarosamente, atentas a qualquer ruído ou movimentação fora do comum. Mas a verdade é que o corredor estava deserto. E Daisy estava ansiosa.

- Não podemos andar mais rápido? – sussurrou para sua amiga.

- Shhh! Não, não podemos. Devemos ter cautela.

- Está um breu. E deserto! Não há ninguém por aqui... Eu deveria ter trazido uma lanterna.

- Está maluca? Isso poderia comprometer a missão... – Jemma estacou subitamente ao ouvir ruídos de passos que pareciam vir ao seu encontro.

- Ouch! – Daisy reclamou, quase esbarrando na bioquímica – Jemma! O que houve?

- Shhhh! Tem alguém vindo.

- Droga! Vamos ser pegas... Abortar missão – disse, agarrando o braço de Simmons na tentativa de voltar pelo caminho por onde tinham vindo.

- Não! Espere!

- Está louca? Precisamos voltar.

Mesmo no escuro, a bioquímica conseguiu divisar seus contornos. Aquela silhueta lhe era muito familiar. De repente, um forte lampejo invadiu seus olhos e os de Daisy. Ambas os cerraram com força, sentindo uma súbita vertigem devido àquela intensa luminosidade.

- Hunter, não! Eu falei para não trazer lanternas – disse Fitz, repreendendo seu amigo e empurrando para baixo a mão que segurava o indesejado item.

O outro desligou a lanterna com um click audível.

- Foi mal, cara. Mas eu preciso ver por onde estou andando.

- A ideia era eu te guiar – tornou Fitz com mais rispidez.

- Mas e quem imaginava que a gente iria encontrar companhia? – Hunter rebateu, referindo-se às duas amigas que permaneciam imóveis e surpresas observando a discussão.

- O que estão fazendo aqui? – Daisy finalmente se pronunciou.

- É muito simples o porquê de ele estar aqui – outra voz se fez ouvir, vinda de trás de Jemma. Ela virou-se para verificar de quem se tratava, ainda com o coração aos solavancos devido ao repentino aparecimento de companhias inesperadas e o sobressalto consequente disso. Encontrou Lincoln, caminhando a passos lentos em sua direção – ele está aqui porque, de alguma forma sabia que vocês ou eu viríamos até à sala do pai dele, e quis se certificar de sumir com todas as provas que o incriminassem antes que descobríssemos – disse em um tom acusatório.

- De que está falando? – perguntou Fitz, o rosto tomado pela indignação.

- Não aja como se não soubesse. Foi você! – bradou Lincoln, furioso.

- Fale baixo! – Jemma o cortou com uma nota ríspida – está fazendo uma acusação muito grave, Lincoln.

- Foi ele, Simmons. É bem óbvio! – continuou; agora em um tom mais ameno, cravando os olhos repletos de cólera em Fitz. Mesmo no escuro, era impossível não perceber seu olhar contundente. O engenheiro ainda estava perplexo com o fato de Lincoln ter chegado àquela conclusão.

- Eu não sei de onde você tirou isso, Lincoln. Mas essa informação não procede – tentou Hunter.

- É claro que você vai defender seu amigo...

- Pode nos contar de onde partiu isso? – pediu Jemma com o tom de voz mais parcimonioso possível.

Lincoln suspirou pesadamente.

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