Capítulo 50: Porto Seguro

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Deitada de bruços sobre o colchão macio de Fitz, Jemma despertou gradativamente, um tanto desorientada, levando um minuto inteiro para enfim compreender onde estava. Sorriu ao recordar-se. Tateou ao seu lado em busca do engenheiro, mas ao se dar conta de que suas mãos buscavam alguém que não parecia estar ao seu alcance, levantou abruptamente a cabeça, confusa ao perceber que Fitz não estava mesmo ali.

Virou-se na cama, apertando os olhos diante dos inclementes raios de sol que penetravam o quarto através da janela. Riu ao perceber que a cortina ainda se encontrava em algum lugar do chão. Ao sentar-se no colchão, esfregou os olhos e não evitou reprimir um bocejo, então ergueu o lençol para cobrir sua nudez. Aquele lençol, definitivamente não estava ali quando ambos adormeceram nos braços um do outro. Então era mais certo pensar que Fitz havia lhe coberto antes de deixar o quarto. Para onde? Ela pensou consigo. Mas não precisou pensar durante muito tempo, pois logo o engenheiro estava de volta, trazendo uma bandeja de café da manhã em suas mãos.

- Bom dia! – disse ele, trajando apenas um roupão de banho e com o cabelo visivelmente molhado. Ele se aproximou para lhe dar um breve beijo nos lábios após colocar a bandeja diante dela e sentar-se na beirada da cama.

- Você sequer me acordou para tomar banho com você... Estou decepcionada, Fitz!

- Oh... Me desculpe! Você estava dormindo tão tranquilamente, eu não quis...

De repente, a falsa expressão de censura no rosto da bioquímica se desfez e um largo sorriso sardônico curvou os cantos de seus lábios.

- Ah, entendi! Você está brincando... Olha, esse é um traço seu que eu não conhecia e não imaginei que fosse tão forte em você. Está o tempo todo me pregando peças.

Ela riu. E após espiar deleitada o suculento manjar branco de ameixas que ele havia trazido, não hesitou em levar uma colherada à boca.

- Aprendi a fazer quando estava na Espanha. Se tornou uma das minhas sobremesas favoritas.

- É uma delícia – disse ela com sinceridade – e ótima ideia incluir no cardápio do café da manhã.

- O café da manhã escocês não tem muitos atrativos. Achei que algo doce fosse mais a sua cara – tornou Fitz, de maneira adorável.

Jemma sorriu para ele e, em um momento de distração, sem querer a calda do manjar escorreu pelo seu queixo, percorrendo um caminho perigoso pelo seu pescoço e chegando ao seu peito...

- Oops!

Fitz ficou hipnotizado por aquela cena, fruto da desatenção de Jemma ao saborear o prato. Ele ainda respirou profundamente, antes de tirar a bandeja do colo de Jemma e a levar à mesa de cabeceira. O engenheiro agiu com parcimônia, sem pressa, contendo-se, então aproximou seus lábios do vão entre os seios de sua namorada, lambendo o caldo de ameixa que escorrera por ali.

- Oh, Fitz... – ela bem que tentou, mas não conseguiu resistir aos lábios dele em sua pele e as mãos do engenheiro a explorar outras regiões de seu corpo. Ele foi descendo ainda mais, circundando a língua por seu umbigo e Jemma se viu sem forças ou mesmo vontade de impedir o que sabia que viria a seguir.

O manjar branco era, sem dúvidas, uma receita na qual Fitz era especialista. No entanto, não era mais delicioso do que a sensação de tê-lo como agora, entre suas pernas, saboreando sua intimidade. Ela gemia, deleitada, cerrando os punhos ao agarrar o lençol sobre si. A língua dele atingia os pontos exatos que mais lhe davam prazer. Não foi difícil chegar ao ápice daquela forma e, novamente, passou pela cabeça de Jemma o quão inacreditável era saber que Fitz costumava pensar ser insuficiente ou decepcionante na cama. Não era possível.

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