- Se sentirem sede, tem uma jarra com água logo ali. Se sentirem fome... Lamento, mas tem apenas bolacha de sal, perto da jarra com água. E se quiserem ir ao banheiro, o acesso a eles é por ali, no canto esquerdo - Coulson os orientou, ainda ostentando um sorriso nos lábios, como se nada fosse capaz de abalá-lo - espero que fiquem confortáveis - completou e Hunter poderia jurar que viu algum traço de gozação em seu semblante.
- Só um minuto! - chamou Hunter, segundos antes de Coulson cerrar a porta.
- Sim?
- Essa é a sala de detenção? - indagou, abrindo os braços, indicando com as mãos o espaço ao redor.
- Exatamente. Nós a chamamos formalmente de Unidade de Contenção Intensiva.
- Isso abriga loucos. Não? Doentes mentais... - tornou o operativo, observando que se tratava de uma sala retangular extremamente clara e acolchoada. Como uma sala de hospício.
Coulson encolheu os ombros.
- Já foi utilizada para... Conter inimigos potencialmente perigosos, para os outros e para si mesmos. Indivíduos descontrolados, seres aprimorados que representavam um enorme risco para as pessoas lá fora...
- Inumanos? - questionou Daisy. Os braços cruzados em frente ao corpo.
- Também... Mas somente inimigos.
- Agora somos os inimigos e, por isso, estamos aqui - concluiu Hunter.
- Não encare dessa forma. Não havia mais onde deixá-los, segundo o Superintendente Alistair Fitz, vulgo, a razão do pesadelo de vocês. Eu vos aconselho a refletir bastante sobre o que fizeram enquanto estiverem enclausurados aqui. May, Hand e eu vamos tentar resolver a situação de vocês da melhor maneira possível.
- Só mais uma coisa.
Agora, Coulson deu um suspiro fatigado.
- Diga, Hunter!
- Por quanto tempo iremos ficar aqui mesmo?
- Bem... Se eu conheço Alistair Fitz e Victoria Hand e o meu próprio poder de argumentação, eu diria que... - ele olhou vagamente para cima, os olhos apertados, tentando calcular a quantidade de tempo que os recrutas infratores permaneceriam ali - cerca de três horas.
Lincoln deu um assobio.
- Espero que tenha água e bolacha de sal suficiente para todos nós - comentou o inumano.
- Passará mais rápido do que imaginam. Eu lhes garanto - tornou Coulson, agora com um sorriso mais amistoso.
Fitz inalou profundamente. Virou-se de costas para seus companheiros de infortúnio, encostou uma mão na parede estofada da unidade de contenção e inclinou-se um pouco para frente, a cabeça baixa, encarando os próprios pés. Era um bom momento para refletir sobre o que fez. Sobre como isso o levou ao seu mais absoluto fracasso.
Lincoln aproximou-se, hesitante, do engenheiro. Pigarreou, limpando a garganta e, também, para chamar atenção de Leopold. Contudo, não obteve sucesso.
- Fitz... - tentou uma abordagem mais direta, o tom de voz baixo, porém, firme - eu queria pedir desculpas por ter duvidado de você.
Enfim, o engenheiro tornou o rosto em sua direção.
O inumano engoliu em seco, constrangido por ter sido injusto com ele.
- Não pode mesmo ter sido você o responsável pelas mensagens nos muros... Se seu pai estivesse mesmo te protegendo, não o teria rebaixado dessa forma perante os demais recrutas.
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ACADEMIA SHIELD: Renegados
FanfictionApós cometerem falhas graves em missões como agentes efetivos da SHIELD, eles são obrigados a passar pelo temido e execrado Curso de Reciclagem se quiserem recuperar seus distintivos, suas posições na agência e, principalmente, seu crédito e sua hon...