Capítulo 52: O Presente de Fury

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- Vocês duas são mais safadas do que eu – comentou Daisy, ainda surpresa com os relatos de suas amigas e arrancando risadas das mesmas – passaram o recesso com Fitz e Hunter e eu aqui preocupada acreditando que estavam ambas de coração partido.

Do seu lado, na cama, Jemma sorriu para sua amiga antes de desviar o rosto na direção de Barbara. Ainda não estava de todo satisfeita com suas revelações.

- O que mais tem para nos dizer, Bobbi? – insistiu.

A operativa observou o semblante desafiador de Simmons, sabendo que esta não iria sossegar enquanto não lhe arrancasse a verdade. Ela respirou fundo antes de revelar.

*

- É bom vê-los assim, tão dispostos nesse retorno – comentou Coulson ao olhar atentamente para sua equipe de agentes renegados que estava de volta do recesso.

Todos se encontravam perfeitamente alinhados, disciplinados e preparados para o que viesse. Ao lado de Phil Coulson, Melinda May os examinava também com um olhar de aprovação. Eles não iriam decepcionar desta vez, estava certa disso.

O que quer que houvesse ocorrido durante o recesso com Jemma, Fitz, Daisy, Lincoln, Hunter e Bobbi, tornara-os mais motivados e prontos para novos desafios.

- Eu tenho uma surpresa para vocês – disse Coulson – mas não se alegrem muito. É o máximo que agentes tão rebaixados como vocês poderiam conseguir – assegurou-lhes.

*

- Oficialmente, trata-se da Estação de Comando Aérea CXD 23215. Mas como a SHIELD não gosta de termos longos e nada práticos, a chamamos de Ônibus.

Os recrutas da equipe de Coulson estavam embasbacados diante daquela impressionante aeronave.

O Ônibus possuía um par adicional de motores e asas de meio comprimento localizadas na seção traseira da fuselagem, abaixo da seção traseira convencional e elevada. Além disso, os seis motores de que dispunha eram capazes de girar em cada asa, permitindo que eles fossem angulados no chão, oferecendo os recursos de decolagem e aterrissagem vertical. Isso, juntamente com um conjunto avançado de painéis de "freio a ar" em cada asa, ofereciam ao Ônibus uma maior capacidade aerodinâmica e de voo, como permitir uma parada completa no ar antes de mudar de direção para seguir um novo curso. No topo do barramento, havia suportes e um modo de acesso que permitiam uma única e menor aeronave da S.H.I.E.L.D. atracar com o Ônibus e, depois, separar-se no meio do voo.

O transporte também possuía capacidades ofensivas e defensivas provisórias na forma de duas torres de canhão retráteis, localizadas na junção entre cada asa principal e a fuselagem, capazes de abater aeronaves inimigas. A aeronave ainda contava com um canhão grande e longo, montado na parte inferior frontal da fuselagem, que permitia atacar alvos no chão enquanto ainda estivesse em curso. O barramento trazia conexões avançadas por satélite, rádio e conexões sem fio, além de um sofisticado sistema computacional que podia se conectar aos bancos de dados operacionais da S.H.I.E.L.D., além de outros bancos de dados seguros ou outros recursos da internet.

Os agentes rebaixados encontravam-se imersos em um instante de profunda apreciação ante o veículo. Fitz deu a volta pela enorme aeronave, parecendo genuinamente fascinado. De braços cruzados, Coulson o encarou com um olhar altivo e orgulhoso.

- Senhor, e quanto ao Zephyr One?

O ar presunçoso presente na face de Coulson se desfez rapidamente, cedendo espaço à confusão e surpresa.

- Como é?

- O Zephyr One. Meu projeto, senhor... Era um veículo superior a esse. Não que esse não seja bom o bastante...

ACADEMIA SHIELD: RenegadosOnde histórias criam vida. Descubra agora