Capítulo 38

678 45 19
                                    

Olá lindonas, aqui está o capítulo que eu havia prometido. Espero que gostem.




Dias depois.

- Cristina : Estou nervosa, Frederico.

Em uma cama própria para um exame de ultrassom, Cristina sussurrou apenas para Frederico ouvir. Ele estava em pé ao lado dela segurando em sua mão enquanto esperavam o médico obstetra aparecer novamente na sala que estavam.

Tinha passado algumas semanas de espera para aquela consulta, que depois dela, iriam para a capital. Como vinha prometendo, Frederico já tinha deixado tudo pronto para passar mais do que uns dias fora de suas terras com sua mulher. Porquê sim. Cristina era a mulher dele como todos já sabiam. Depois de declarar que o amava, Cristina só queria desfrutar mais daquele sentimento ao lado de Frederico e que sentia que tinha perdido tanto tempo desperdiçando aquele amor que ela pensava que foi feito na medida deles, a fórmula perfeita que só depois de dez anos tinha compreendido ela. E agora, ao expor o que sentia, Cristina só queria recuperar todo o tempo que cegando seus sentimentos não entendeu que, o que sempre trazia ela de volta para os braços de Frederico, também era amor. E agora tudo fazia sentido. Não era sozinha mais, tão pouco ele. Que olhando a mão de Frederico segurando suavemente a dela, Cristina só pensava que não voltaria a solta-la nunca e nem desejaria que Frederico o fizesse. Que por isso juntos como estavam, iriam para a capital e as pessoas que realmente os importavam veriam o amor os moldando. Parecia loucura descobrir amar alguém em 2 meses, quando se viveu ao lado desse alguém por dez anos e não percebeu. Mas era uma loucura que Cristina queria viver. Ela e Frederico se casariam e seriam pais. Quem os vissem ali e os conhecessem como já foram, não acreditariam fácil.  Mas era real.  Quando o médico entrou de volta na sala, Cristina puxou o ar do peito com força. O que estava vivendo era tão real como o ar que não podia ver mas necessitava para respirar.

A barriga dela estava redonda e linda, levava 5 meses recentes completados e já havia chegado o momento de saberem o que estava crescendo dentro do ventre dela, era menina ou menino.

E então Frederico acariciou a barriga dela com a mão livre. Ele apostava em menino e Cristina não fazia aposta alguma. Ouvia falar que na maioria das vezes, as mães sabiam sempre o que levava no ventre, sabiam como se fossem uma telepatia passada de mãe pra filho, algo que ela não sabia explicar que ao que parecia só mães podiam sentir. E era um ponto a menos para ela que ia ser mãe e não sentia nada do que já ouviu. 

O mais um obstetra que acompanhava a gravidez saudável que Cristina tinha até aquele momento, começou fazer o exame de ultrassom nela. O gel posto na barriga de Cristina fez o coração dela acelerar. Sabia da aposta que Frederico tinha feito que pensava que era um menino. E isso só a fazia pensar se fosse menina. O decepcionaria? Ele a deixaria sozinha com uma criança? Em relação ao amor, ela se enchia de ilusões, mas em relação ao ser mãe, ainda seguia cheia de medos. Cristina sabia que, homens naturalmente sempre queriam ser pais de meninos, principalmente quando eram pais pela primeira vez. Ela lembrava de seus cunhados que tiveram primogênitos  homens como filhos e temeu ser ela das irmãs que não daria essa alegria ao homem que amava. Octávio Sandoval sempre quis ter um filho, pelo menos quando ainda tinha as três filhas mulheres ainda crianças, que Cristina também podia lembrar de algumas falas dele para a mãe dela e até para ela e suas irmãs. Ela tinha certeza que se ele pudesse ter escolhido, as três seriam homens. A verdade era que por mais evoluído que o mundo estava se tornando, os homens se alegravam mais em ser pais de meninos. A definição de gêneros, até entre as cores, como o rosa e o azul entre as crianças ainda contava muito pra sociedade deixando tão evidente quanto preferência dos pais em desejar o enxoval todo azul. E Cristina se perguntou, se para Frederico que tinha uma natureza mais do campo, não seria diferente do pai dela e toda raça de homens que exigiam serem pais de meninos. Ele era dono de terras que com todos seus bens, ela sabia que futuramente tudo teria que ficar nas mãos de alguém, e por que não nas mãos de um filho homem? Talvez Frederico quisesse mais que tudo um menino para tomar o lugar dele naquelas terras. Só não falava isso a ela.

Controvérsias Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora