O irmão da minha melhor amiga 2

O grande dia

E então estava lá, o grande dia havia chegado, eu estava nervosa.

Depois de Agnes ter sido liberada do hospital os dias passavam rápido, eu estava nervosa. Levamos o vestido de sua mãe para a lavanderia, ele era realmente lindo, seria uma honra usá-lo hoje.

Alissom não estava em casa há uma semana, ele queria aumentar a emoção. Que emoção? Eu estava uma pilha de nervos!

Agnes entrou no apartamento, ela estava acabada. Deitou no sofá e apagou, fiquei cuidando das meninas.
Elas estavam tão bonitinhas, Agnes teria um ataque quando eu mostrasse as roupas que eu havia comprado para elas usarem.

Duda estava babando nas primas, e as meninas paralizadas olhando para sua tiara de unicórnio. O dia estava completamente lindo e quente, era véspera de natal.

A campainha tocou, tomara que não seja a minha mãe.

— Eu tenho uma entrega para Kate Almeida. — o carteiro disse.

— Sou eu, mas eu não pedi nada.

— Um tal de Alissom que pediu e mandou pra você. Assina aqui, por favor.

Tinha que ser coisa do Alissom.

Era um livro azul. Havia um bilhete dentro.

" Outro diário, mas dessa vez, pra escrever nossa nova história.

Com amor, Alissom."

Só ele mesmo!

Ouvi um chorinho, Agnes resmungou, Sol estava com fome. Peguei-a no colo e a dei a mamadeira que estava na sua bolsa, ela logo se acalmou.

— Como você faz isso? — Agnes resmungou, esfregando os olhos.

— Eu não sei, acho que os bebês gostam de mim.

— Está nervosa?

— Muito. Mas não posso ficar, tenho que me acalmar e pensar que vai dar tudo certo.

— Eu estava nervosa no dia do meu casamento. Muito, aliás. É normal se sentir assim, não se preocupa.

— Tudo bem.

— Vou fazer a sua maquiagem, senta aí.

— Mas são 15h ainda.

— Eu sei, mas você vai ficar mais nervosa quando estiver perto da hora, não vai parar quieta.

— Está bem, mas se eu estragar a culpa é sua.

— Não vai estragar, confia em mim.

Eu até poderia ter ido em um salão e tal, mas eu não me sentiria confortável com toda aquela gente em volta. Então pedi para Agnes me ajudar, ela se prontificou de imediato.

As horas foram apertando, meu nervosismo tomou conta, estava suando frio e tremendo.
Eu estava quase pronta, mas não tinha me visto ainda.

— Ai, Agnes! — xinguei, ela havia colocado o grampo muito apertado.

— Para de reclamar! Você tem que ficar a noite interia com esse penteado, ele não pode cair.

— Tá, tá! Só termina isso rápido.

Mais alguns minutos, minha perna estava balançando freneticamente. Faltava meia hora e Agnes ainda não tinha terminado.

Claro, ela não tinha culpa, as meninas precisavam da mãe também, e ela pausou um pouco para se arrumar, mas eu estava aflita.

— Terminei.

— Finalmente! — saí correndo para colocar o vestido.

Serviu com uma luva, e estava cheirando a rosas. Agnes me ajudou com os botões.

— Estou pronta, podemos ir? — perguntei.

— Você tá maluca? Quer chegar antes dos convidados? Não, espera um segundo, você nem se olhou no espelho ainda.

Ela me colocou na frente dele. O vestido parecia mais branco e brilhante do que antes, eu estava... linda.

— Uau... — susurrei.

— De nada. Agora me ajuda a vestir as meninas.

Peguei a caixa em cima da minha cama.

— Acho melhor usar esses aqui. — entreguei a caixa.

— O que você... — ela arregalou os olhos — Meu Deus! Que coisa mais linda! — eram vestidinhos brancos.

— Vão entregar as alianças junto com a Duda.

— Ah, Kate! Muito obrigada.

— Vista as meninas, ou eu vou ter um treco.

Com certeza, daqui a pouco eu desmaiaria, precisava me acalmar. E rápido!