Is It Love? Sebastian - Diamante bruto

LVII

Sebastian 

    Abrir o túmulo estava dando mais trabalho do que o esperado. Pela maneira como eles o lacraram, parecia que não queriam correr o risco de a criatura ali dentro sair. Algumas horas já tinham se passado. 

       _ Já ligou para a Isabella? Para avisar que chegou bem?

       _ Eu desliguei meu celular porquê precisava focar minha atenção em superar essa situação. Não queria distrações. Avise ela por mim. Por favor!

      _ Vem cá. Vamos tirar uma foto! Faz careta. 

      Esteban e seu bom humor!

       _ Pronto. Já enviei. 

       _ Obrigado. Tirando ela, ninguém vai me ligar mesmo! Milly ignorou minhas mensagens. Foi seca na única que me enviou. Acho que está chateada comigo. 

       _ Cara... Você transou com ela e foi embora. Que garota não ia ficar furiosa? Ela deve ter pensado... "Por que ele não esperou um pouco antes de ir?"...

       _ Se eu ficasse mais um dia ao lado dela eu não conseguiria vir! Já me apeguei de mais a ela. E não é justo que eu esteja com ela e meus pensamentos tão confusos. Ela não merece isso. Eu preciso estar cem por cento por ela, como ela está por mim. Levei um tempo para aceitar o fato de que estou apaixonado por uma vampira. Sempre havia uma certa tensão no ar entre a gente. Mas naquele dia... Nos aceitamos totalmente como nós somos! 

       _ E que diferença faz se ela é vampira?

       Eu tive que dar risada. Lembrando das minhas costas arranhadas e ela bebendo meu sangue. Causando uma sensação incrível que eu nem sabia descrever! 

       _ Elas tem pele fria! 

       _ Como um cadáver?

       _ Como a neve. Por que sempre usam essa comparação horrível?

       _ Os outros eu não sei. Mas eu sou arqueólogo. Eu lido com restos mortais. 

       Ele deu risada. Era uma pausa merecida para nos alimentarmos. Enquanto o tempo passava eu estava relaxando. Voltando a me sentir empolgado com a nova descoberta.

       _ O que acha que tem lá dentro?_ perguntei.

       _ É um túmulo tão grande e profundo... Deve ter mais de um corpo ali. 

       Um dos rapazes estava encarando os desenhos na parede. Passando a mão por eles. 

       _ Muitas coisas bizarras existem. Olha só isso!... "Ops"!

       Quando ele encostou naquele ponto ele afundou para dentro da rocha. Tudo ao nosso redor começou a tremer e eu já estava em pânico. Puxei Esteban pelo braço na direção da saída. Mas ele gritou me puxando de volta...

       _ Espere aí cara... Olhe!

       O que pensamos ser um túmulo, se movimentava lentamente e era isso que causava todo o tremor ao redor. Ficamos todos observando admirados até ele parar com um grande ruído. Me preparei para o que for que saísse daquele lugar. Mas nada veio. 

       _ Seu idiota. Não saia colocando a mão em qualquer coisa. 

       _ Desculpe. Mas veja... Está aberto. Levamos horas tentando abrir isso e era só... Apertar aqui. 

        _ O que importa agora é... Quem vai descer? 

        Um grupo precisava descer e o outro ficar para o caso daquela passagem se fechar, a pessoa poder abrir novamente. Não teve jeito... Tivemos que tirar na sorte. Infelizmente eu perdi e fiquei no grupo que ia descer. Pelo menos Esteban estava no grupo que ia ficar.